Com tours virtuais, é possível conhecer museus sem sair da quarentena

Com História Natural, arte clássica ou moderna, galerias e museus do mundo todo fecharam suas portas no mundo real mas se mantiveram abertos na internet graças à digitalização do acervo
Renato Mota23/03/2020 19h45

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A pandemia do novo coronavírus fechou museus e galerias de arte no mundo todo. Como medidas de segurança para conter o avanço do Covid-19, instituições culturais cancelaram ou adiaram exposições, liberaram funcionários e fecharam as portas. Mas com o isolamento social da população (imposto ou voluntário) nos países mais atingidos, exposições virtuais se tornaram uma opção inclusiva de consumo de cultura em tempos tão difíceis.

O Google Arts & Culture é um bom começo. Além de informações sobre os museus, localizações, horários de funcionamento e exposições abertas, o aplicativo traz exposições temáticas e tours virtuais por museus, galerias e locais turísticos relacionados à cultura e arte em todo mundo. Muitos dos museus que falaremos abaixo estão relacionados lá, bem como coleções curadas por especialistas que reúnem peças de diversos locais diferentes.

Entre os brasileiros, estão disponíveis para visitas digitais as coleções do Masp, a Pinacoteca de São Paulo, o Museu Nacional de Belas Artes, o Instituto Inhotim, MAM Rio, Museu Histórico Nacional entre muitos outros. Destaque para a recriação digital do Museu Nacional, destruído em um incêndio em 2018, a partir de fotos em 360 graus mantidas pelo Google.

O Museu Britânico de Londres conta com uma coleção que abrange mais de dois milhões de anos de história e cultura humanas. O tour virtual possibilita que os visitantes conheçam alguns dos objetos históricos mais famosos do mundo, como a Pedra de Rosetta, esculturas gregas retiradas do Parthenon e múmias egípcias. Além do passeio por dentro e por fora do prédio histórico, a página do museu ainda conta com tours 360° em sítios arqueológicos como o Parque Nacional Tikal, na Guatemala, e Chichén Itzá, no México.

Montado na antiga Gare d’Orsay, uma estação ferroviária e hotel de Paris, o Musée d’Orsay conta com obras de alguns dos mais famosos pintores do país, como Cézanne, Gauguin e Monet, entre outros. Por fora, um prédio histórico nas margens do Sena, por dentro, a maior coleção de obras impressionistas e pós-impressionistas do mundo.

E falando em pós-impressionistas, o Museu Van Gogh, de Amsterdã, digitalizou e disponibilizou mais de 200 pinturas de Vincent van Gogh, 500 desenhos e mais de 750 cartas. O museu também apresenta exposições sobre história da arte do século XIX. Ainda em Amsterdã, o Rijksmuseum conta com uma vasta coleção de arte e objetos históricos em 80 galerias. O passeio interativo permite aos visitantes verem bem de perto obras de Vermeer e Rembrandt, entre outros mestres holandeses.

Para um mergulho na arte moderna de uma região cuja cultura é bem diferente da nossa, o Museu Nacional de Arte Moderna e Contemporânea de Seul, na Coreia do Sul, conta com um tour virtual que explora impressão, design, escultura, fotografia, novas mídias e instalações em grande escala. Com obras de Joseph Beuys, Andy Warhol e Nam June Paik, a coleção inclui uma programação internacional de artistas consagrados, obras de arte coreanas contemporâneas e nomes emergentes.

Via: BRG/The Guardian

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital