Coronavírus: prefeitura de São Paulo cancela eventos públicos

O objetivo é tentar combater a ampliação do contágio do coronavírus na cidade. Embora não possa proibir eventos privados, a prefeitura recomenda que se evite a promoção de eventos de massa
Renato Mota13/03/2020 21h31

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A prefeitura de São Paulo determinou na tarde desta sexta-feira (13) o cancelamento de todos os grandes eventos com concentração próxima de pessoas, sejam governamentais, esportivos, artísticos, culturais políticos, científicos, comerciais e religiosos. A medida foi adotada pelo prefeito em exercício, Eduardo Tuma, a pedido do prefeito Bruno Covas.

São Paulo está com 56 dos 151 casos de Covid-19 identificados no País. A ideia da prefeitura é tentar diminuir a velocidade da propagação do novo coronavírus, cuja contaminação se dá principalmente por vias aéreas e mucosas.

A prefeitura não pode proibir a realização de eventos privados, mas reforça a recomendação de que se evite a promoção de aglomeração de pessoas. No início da semana, O Google decidiu cancelar um evento em São Paulo que deveria receber um público de 10 mil pessoas.

Museus e centros culturais permanecem abertos, mas sem programação como shows e teatros. Da mesma forma, os clubes municipais funcionarão, mas com piscinas fechadas ao público. O Creusp, conselho que reúne os reitores da USP, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), decidiu que, por ora, as aulas não serão suspensas em seus respectivos campi.

Segundo atualização feita nesta sexta-feira (13) a partir de balanços divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde e pelo Hospital Albert Einstein, o Brasil possui ao menos 151 casos confirmados do novo coronavírus. O hospital havia confirmado, na noite de quinta-feira (12), 98 infecções, sendo que, do total, 60 foram diagnosticadas em um período de apenas 24 horas.

Segundo o Ministério da Saúde, o País já teve também seus primeiros casos de transmissão comunitária de coronavírus. A nova situação foi registrada nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Transmissão comunitária ocorre quando as equipes de vigilância não conseguem mais mapear a cadeia de infecção, não sabendo quem foi o primeiro paciente responsável pela contaminação dos demais.

Via: Folha de S. Paulo/Agência Brasil

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital