O Grupo de Acesso à Tecnologia da Covid-19 (C-TAP, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi lançado nesta sexta-feira (29) com a notícia de que o Brasil é um dos 37 países inclusos na base de dados global que reunirá informações pertinentes ao combate ao coronavírus.
“O Grupo de Acesso à Tecnologia da Covid-19 vai garantir que as melhores e mais recentes descobertas científicas beneficiem toda a humanidade. Vacinas, testes, diagnósticos, tratamentos e outras peças-chave na resposta ao coronavírus devem ter disponibilidade universal como bens públicos globais”, explicou Carlos Alvarado, presidente da Costa Rica e idealizador do projeto.
A iniciativa conta com quatro pilares essenciais: divulgação de sequências genéticas e de dados; inclusão de cláusulas sobre distribuição igualitária e acessibilidade em acordos com empresas farmacêuticas; licenciamento de quaisquer medidas eficazes contra o coronavírus no Grupo de Patentes de Medicamentos – órgão de saúde pública apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) -; e promoção de modelos de inovação aberta para aumentar as capacidades de fabricação e fornecimento.
A busca por vacinas e tratamentos contra a Covid-19 continua. Imagem: Cottonbro/Pexels
Ao lado do C-TAP, há a plataforma Acelerador de Acesso às Ferramentas da Covid-19 (ACT, na sigla em inglês), que também tem como intuito viabilizar a cooperação internacional no combate à pandemia.
“O acesso a tecnologias para saúde é uma prioridade do Brasil, especialmente no contexto dessa pandemia. No caso da Covid-19, o acesso universal a inovações que salvem vidas é a única forma de garantir que todos os lugares estejam a salvo e voltem à normalidade”, afirmou Maria Nazareth Farani Azevêdo, embaixadora brasileira na ONU.
Vale lembrar que os Estados Unidos, que cortaram oficialmente laços com a OMS, também nesta sexta-feira (29), estão de fora do grupo que endossou o C-TAP.
Na contramão do governo estadunidense, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, destacou a importância da cooperação e união entre países. “A colaboração e a solidariedade global são essenciais para superar a Covid-19. Baseado em ciência de ponta e na colaboração aberta, essa plataforma de troca de informações vai ajudar a promover um acesso igualitário a tecnologias que salvam vidas ao redor do mundo”, disse.
Via: Estadão