Bill Gates nega teoria da conspiração sobre vacina da Covid-19

O bilionário filantropo disse em entrevista que não há conexão entre as vacinas contra o novo coronavírus e qualquer plano de implante em massa de microchips nas pessoas
Renato Mota23/07/2020 19h58

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Algumas coisas, por mais que sejam óbvias, precisam ser ditas. Em uma entrevista à CBS News, Bill Gates negou que esteja desenvolvendo uma vacina para a Covid-19 com o objetivo de injetar microchips nas pessoas.

Quando perguntado se essa teoria da conspiração, que vem se espalhando pelas redes sociais era verdade, o bilionário disse: “Não. Não há nenhuma conexão entre nenhuma dessas vacinas e rastreamento ou qualquer coisa do tipo. Não sei de onde veio isso”.

Uma pesquisa feita em maio pela YouGov e Yahoo News constatou que 44% dos eleitores republicanos nos Estados Unidos acreditam na teoria, assim como 19% dos democratas e 24% dos independentes.

“O Gates está finalizando a vacina INO-4800, não líquida, que irá salvar toda humanidade! Uma vacina em formato de selo que vai sobre a pele, pois segundo Gates é menos dolorida e mais eficiente! Cada selo (vacina) terá um código individual por pessoa. Depois de serem todos contaminados, ops…digo, vacinados! Você só conseguirá acessar suas redes sociais, Google, contas da Microsoft entre outras, se você digitar ou escanear o código que está no selo (da vacina). Uma forma eficiente e engenhosa de controlar todos”, diz a versão em português da teoria da conspiração.

De fato, o cofundador da Microsoft investe muito em saúde pública por meio da Fundação Bill e Melinda Gates, e vem apoiando a criação de vacinas contra o Covid-19 – doando mais de US$ 300 milhões. Gates também alertou sobre pandemias e instou os líderes mundiais a tomarem medidas para se prepararem para anos antes do atual surto. “Nossa base é reduzir a morte e trazer igualdade para a saúde”, mas algumas pessoas ainda têm “a ideia de que somos acusados ​​de criar chips ou vírus”, afirmou à CBS News.

A paranoia sobre o desenvolvimento de tecnologias de implantes para monitoramento da humanidade vem de outro projeto apoiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, o “quantum dot dye”. Um dos autores do trabalho de pesquisa, que é conduzido por bioengenheiros no MIT, explicou à Reuters que esta tecnologia não é um microchip ou cápsula implantável humana, mas algo semelhante à uma tatuagem, o que ajudaria a fornecer registros atualizados de vacinas de pacientes para profissionais em locais sem registros médicos.

Gates tem sido alvo constante de teorias da conspiração. De acordo com a empresa de inteligência de mídia Zignal Labs, postagens relacionadas a coronavírus sobre o empresário  foram mencionadas 1,2 milhão de vezes de fevereiro a abril.

“Acho que precisamos divulgar a verdade, precisamos explicar nossos valores, para que as pessoas entendam por que estamos envolvidos neste trabalho e por que estamos dispostos a colocar centenas ou bilhões para acelerar o progresso”, completou. Sobre a teoria do microchip, Gates ainda disse: “espero que desapareça à medida que as pessoas obtiverem os fatos”.

Via: Business Insider/Reuters

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital