App alemão de rastreamento da Covid-19 tem 6,5 milhões de downloads

Desenvolvido pela SAP, o Corona-Warn-App conta com a tecnologia de monitoramento criada pela parceria entre Google e Apple
Renato Mota17/06/2020 17h32

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O aplicativo que o governo da Alemanha disponibilizou para ajudar a rastrear infecções por Covid-19 foi baixado 6,5 milhões de vezes nas primeiras 24 horas após seu lançamento. O app foi desenvolvido pela SAP e utiliza a conexão sem fio Bluetooth dos smartphones para detectar contatos entre pessoas e emitir avisos caso uma delas esteja contaminada pelo novo coronavírus.

Além da Alemanha, países como Itália, Polônia e Letônia também adotaram a medida para conter o avanço do coronavírus no continente. A tecnologia ainda não foi testada de maneira massiva, mas os governos correram para implantá-la na ausência de uma cura para a Covid-19, buscando criar um tipo de “imunidade de rebanho digital” contra a doença.

Para que o app funcione, é necessária uma ampla disseminação entre a população. O programa reconhece como um “encontro” quando duas pessoas passam 15 minutos a dois metros uma da outra – ambas com o aplicativo instalado. Em testes de campo, o aplicativo registrou com sucesso 80% desses encontros.

A maioria dos aplicativos lançados na Europa é baseada na tecnologia do Google e da Apple e visa oferecer recursos para que as organizações de saúde, envolvidas no combate à pandemia do novo coronavírus, desenvolvam seus próprios aplicativos. A ferramenta vai permitir que as instituições notifiquem usuários sobre o contato com uma pessoa infectada com o coronavírus de acordo com os níveis de exposição definidos por cada autoridade.

O registro dos contatos e as trocas de Bluetooth utilizam criptografa como uma maneira de não individualizar os dados e proteger a segurança dos usuários. Essa privacidade parece ter conquistado a confiança do público na Alemanha, um país de 84 milhões. O aplicativo da França, que armazena dados centralmente e não é suportado pela Apple, foi ativado por apenas 2% da população.

Via: Reuters

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital