Quando a SAP criou a nova arquitetura de gerenciamento de banco de dados HANA, ficou evidente para o mercado de tecnologia que um novo capítulo estava sendo aberto no que diz respeito às possibilidades de análise inteligente de dados. A plataforma HANA nasceu a partir da colaboração entre a empresa alemã, a universidade norte-americana de Stanford e o Hasso Plattner Insitut, também da Alemanha. Aliás, o nome da plataforma deriva do nome do instituto, e significa Hasso New Architecture (ou nova arquitetura Hasso), referindo-se ao gerenciamento de banco de dados.

Reação em cadeia

A plataforma transformou a análise de dados em tempo real em um recurso mais ágil, eficiente e útil para os clientes. Mas, como em toda inovação, a plataforma HANA também trouxe desafios novos para os servidores que rodam o software. Para atender a alta demanda da plataforma HANA, os servidores precisaram atender a altos padrões de velocidade e disponibilidade. A solução natural foi colocar a plataforma para “rodar” na memória das máquinas, em vez de usar as soluções tradicionais de discos rígidos ou mesmo dos mais modernos SSDs.

O uso das memórias, no entanto, trouxe desafios que recaíram sobre outros componentes dos servidores – especialmente a largura de banda disponível para as operações da memória – e também os próprios processadores, que precisam operar em níveis altíssimos de desempenho. Em função de todos esses requisitos, apenas máquinas homologadas podem “rodar” soluções SAP HANA. Mas, nem todas são iguais.

 

Conceitos opostos

Há pelo menos dois campos opostos quando se pensa em máquinas para rodar SAP HANA. De um lado, as soluções baseadas na tecnologia x86, da Intel, com servidores que apostam numa arquitetura fechada e proprietária – o que, por si só, dificulta a customização do uso da memória. O melhor exemplo vem da banda disponibilizada. Em máquinas de arquitetura x86, o máximo de banda que se pode alocar para aplicações como o HANA são 4 GB. O número é alto e atende boa parte das necessidades, mas, por outro lado, há casos em que os sistemas se ressentem de mais velocidade.

No outro extremo desse campo, está a tecnologia Power, da IBM. As diferenças começam pela opção por um sistema aberto, que oferece possibilidades de customização muito maiores. Voltando ao exemplo da largura de banda que se pode destinar, no universo Power, ela pode chegar a 16 GB, ou quatro vezes mais o que é possível na arquitetura x86. A opção por uma plataforma aberta ainda oferece uma integração perfeita com distribuições Linux.

Ao final, no ambiente Power, os clientes experimentam desempenho e confiabilidades maiores, ideais para aplicações de missão crítica, que precisam rodar 7 dias por semana, 365 dias por ano, com índices de falha praticamente inexistentes. Para completar, os custos associados a uma plataforma aberta são menores e tendem a cair ainda mais quando é preciso ampliar a capacidade.

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