Desde que o novo coronavírus começou a se espalhar pelos quatro cantos do mundo, inúmeras  metodologias para monitorar os pacientes infectados foram descobertas e utilizadas. Uma das melhores, segundo médicos, é o rastreamento do nível de oxigênio do sangue. A medição pode antecipar problemas respiratórios perigosos, mesmo que os doentes não apresentem falta de ar ou qualquer outro desconforto. Com a falta de oxímetros, equipamento apropriado para a medição, os usuários estão apostando em aplicativos de smartphones para isso que usam a câmera do aparelho para fazer a leitura. Mas, atenção: o smartphone não é uma boa alternativa para isso.

Segundo pesquisas, apesar da acessibilidade, os apps não medem com precisão o nível de oxigênio no sangue, principalmente quando estão baixos. Segundo o diretor do escritório de medicina da natureza na Universidade do Alabama, Walter Schrading, os aplicativos podem ser usados por quem não está doente. 

A razão pela qual os apps não funcionam é simples: o mecanismo usado para os testes. Enquanto os oxímetros enviam dois comprimentos de ondas diferentes de luz, vermelho e infravermelho, os smartphones geralmente possuem apenas a luz branca (do flash do celular), o que não fornece uma leitura precisa. Os telefones da Samsung possuem uma função de luz vermelha, mas usam apenas um comprimento de onda, o que faz com que os resultados não sejam confiáveis.

Medir a oxigenação do sangue é de extrema importância para o controle de doenças, e com a Covid-19 não é diferente. Porém, se a medição mostrar níveis normais quando estão baixos, pode dar uma falsa sensação de segurança. “Seria perigoso confiar neles porque eles não mediram o que deveriam medir”, concluiu Schrading.

Via: The Verge