Bernhard “Buddy” Baker não está entre os heróis mais populares dos quadrinhos, mas é muito querido pelos fãs do gênero. O Homem-Animal da DC Comics se tornou um fenômeno cult quando o escritor Grant Morrison assumiu o título nos anos 80 e ressignificou o personagem. Seu poder é tomar “emprestado” as habilidades de animais que estão perto dele.
Por exemplo, se Buddy precisar usar superforça, ele pode pegá-la emprestado de uma formiga, já que esses insetos têm a capacidade de transportar entre 10 e 50 vezes seu próprio peso corporal. Isso vale para diversos outros animais, que apesar de seu tamanho diminuto possuem habilidades espetaculares.
Essa é o mote por trás da série documental “Pequenas Maravilhas” (“Tiny World”), que estreou no início de outubro na Apple TV+. Não à toa, a produção convidou outro super-herói diminuto para conduzir a narração dos episódios: o ator Paul Rudd, o Homem-Formiga do Universo Marvel nos cinemas.
“Quero que as pessoas assistam ao programa e saiam com um novo tipo de respeito e admiração pelos animais que não conhecem muito bem. E, espero, percebam como é importante protegê-los”, afirmou o produtor executivo da série, Tom Hugh-Jones, em entrevista ao site LiveScience.
Para mostrar o quanto o dia a dia dessas criaturas pode ser “extraordinário, épico e mágico”, como define o produtor, “Pequenas Maravilhas” muda nossa perspectiva e nos coloca no mesmo nível desses minúsculos seres. Para um rato na África, um elefante é algo colossal, enquanto para um sapo na estrada, um carro pode significar a morte certa e rápida. “O que foi realmente importante foi descer ao nível deles e experimentar o mundo do ponto de vista deles”, disse Hugh-Jones.
Para isso, os produtores usaram lentes de instrumentos científicos e montaram equipamentos em braços robóticos que pudessem fornecer estabilização extra para filmagem em nível macro. Drones voam através das florestas para capturar imagens de animais enquanto eles pulam de galho em galho das árvores, em alturas que para eles são tão imensas quando são os arranha-céus para os humanos.
“Visto desta forma, as habilidades cotidianas de pequenos animais – muitos dos quais são pequenos o suficiente para se sentar confortavelmente na ponta dos nossos dedos – rivalizam com as dos super-heróis de filmes e quadrinhos”, avalia Hugh-Jones.
“Eles têm que enfrentar forças incríveis para sobreviver contra predadores animais gigantes e, para fazer isso, eles desenvolveram todos esses superpoderes incríveis – sejam lagartixas que soltam gosma de suas caudas ou camarões louva-a-deus que podem socar com o poder de uma bala de calibre .22. Eles realmente são como um elenco de personagens da Marvel”, completa o produtor.
Via: LiveScience