Netflix usa a psicologia para manter seus usuários; entenda

Reciprocidade e a aversão à ociosidade são algumas das chaves da empresa de streaming para manter sua base de assinantes
Luiz Nogueira09/12/2019 15h10, atualizada em 09/12/2019 17h30

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A briga das plataformas de streaming é cada vez mais acirrada e exige das empresas a reinvenção constante das suas práticas perante à concorrência. Isso não é diferente com a líder Netflix.

E a resposta para se manter relevante no cenário atual está baseada em princípios psicológicos comprovados, e que a gigante usa atualmente para manter sua base de assinantes.

O princípio da reciprocidade

No início de suas operações, a empresa perguntou à sua base de clientes quais informações eles gostariam de saber antes de assinar a plataforma. O resultado mais popular foi conhecer todos os filmes e séries disponíveis.

Em resposta, eles experimentaram exibir aos clientes o conteúdo disponível em sua página inicial. Mas o experimento serviu apenas para revelar que os usuários navegavam, e não se inscreviam no serviço.

Por esse motivo, a Netflix mudou sua forma de atuação, dando acesso parcial ao catálogo. Oferecer às pessoas uma prévia – mas não a visualização total – aumentou a probabilidade dos clientes se inscreverem no serviço.

‘Efeito Festa’

Esse efeito afirma que as pessoas gostam de se concentrar em informações relevantes para elas. Pensando nisso, a Netflix começou a utilizar a categoria “Porque você assistiu…”, uma lista de recomendações com base em conteúdos relacionados ao que o usuário assistiu recentemente.

De acordo com um estudo realizado pela empresa Accenture, três fatores afetam diretamente o comportamento de compra das pessoas. A pesquisa aponta que consumidores preferem comprar de varejistas que conheçam seu nome, seu passado, e saiba o que ele quer.

A Netflix utiliza desse princípio para fazer com que seus assinantes assistam ao seu conteúdo. Levantamentos feitos pela própria empresa apontam que 80% dos programas assistidos nos últimos dois anos estão relacionados diretamente ao mecanismo de recomendação da plataforma.

‘Aversão à ociosidade’

Estudos recentes sobre psicologia, felicidade e experiência do cliente apontam que pessoas são mais felizes quando estão ocupadas – mesmo que sejam forçadas a se ocupar.

A Netflix aplica esse princípio de uma maneira interessante. A experiência de navegação obriga o usuário a assistir trailers que são reproduzidos automaticamente quando se passa por um título.

Via: The Next Web

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital