Suprimento de oxigênio falha em parte da Estação Espacial

Falha está localizada no módulo russo, Zvezda; tripulantes não estão em perigo, já que há um segundo sistema no lado norte-americano
Rafael Rigues16/10/2020 12h12

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O sistema de suprimento de oxigênio do módulo russo Zvezda, na Estação Espacial Internacional, falhou no fim desta quarta-feira (14), segundo a agência espacial russa (Roscosmos). Apesar da falha, os astronautas não estão em perigo.

Em declaração à Agence France Presse (AFP), um porta-voz da Roscosmos afirmou que “nada ameaça a segurança da tripulação e da ISS”, e que reparos seriam feitos já na quinta-feira.

A ISS tem dois sistemas de geração de oxigênio. O segundo deles, o Environmental Control and Life Support System (ECLSS), está localizado no lado americano e também é responsável pela reciclagem de água e revitalização do ar. Sozinho, ele é capaz de suportar os seis tripulantes a bordo da estação.

Além dos membros da Expedição 63 (o norte-americano Chris Cassidy e os russos Anatoli Ivanishin e Ivan Vagner), que chegou à estação em abril deste ano, a ISS recebeu recentemente uma nova tripulação. A Expedição 64 é composta pela norte-americana Kate Rubins e os russos Sergey Ryzhikov e Sergey Kud-Sverchkov.

Em declaração recente à agência de notícias russa RIA Novosti, o cosmonauta russo Gennady Padalka, recordista mundial de permanência no espaço com um total de 879 dias, afirmou que “todos os módulos do segmento Russo estão exaustos” e precisam ser substituídos.

Reprodução

Lançamento da missão Soyuz MS-17 nesta quarta-feira (14). Foto: Roscosmos

Segundo problema

Rcentemente os tripulantes conseguiram detectar a origem de um vazamento de ar que ocorria desde agosto. Novamente, a falha está localizada no módulo russo, o Zvezda. Para identificar a falha, os astronautas fecharam todas as escotilhas do compartimento e usaram um detector de vazamentos ultrassônico para coletar dados de diferentes locais da Zvezda durante a noite.

Os sinais de vazamentos identificados foram atribuídos a mudanças temporárias de temperatura a bordo da estação, e não houve alterações na taxa geral de fuga da atmosfera interna. A falha não colocou a tripulação em risco.

Fonte: Gizmodo

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital