Satélite caçador de exoplanetas da Nasa conclui missão primária com 66 descobertas

TESS seguirá investigando astros em missão estendida até 2022; segundo a agência espacial norte-americana outros 2,1 mil candidatos identificados pela sonda são analisados por cientistas
Redação12/08/2020 15h23, atualizada em 12/08/2020 15h50

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Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS), gerenciado pela Nasa, completou, em 4 de julho, sua missão primária de descobertas de astros além do Sistema Solar. A sonda ajudou a confirmar a existência de 66 exoplanetas e identificou outros 2,1 mil candidatos que ainda são analisados por cientistas.

Lançado em 2018 a bordo de um foguete da SpaceX, o TESS deve continuar a procura por exoplanetas em uma missão estendida até setembro de 2022. O equipamento monitora estrelas em busca de um fenômeno chamado transição planetária, que descreve a situação em que um corpo espacial se posiciona à frente de uma estrela em relação ao campo de observação do telescópio. Esse processo acarreta variações no brilho da estrela, que são mensurados pela sonda da Nasa.

Como lembra o site Space, trata-se da mesma estratégia usada pelo telescópio Kepler. Desativado oficialmente em outro de 2018, o antecessor do TESS foi responsável pela descoberta de 2,4 mil exoplanetas e os dados produzidos pela sonda ainda são estudadas por astrônomos.

O TESS dedicou o ano inicial de sua missão primária a estudar 13 setores do hemisfério celestial sul e, no ano seguinte, alterou a observação para o hemisfério celestial norte. De acordo com a Nasa, o satélite foi capaz de propiciar uma cobertura de aproximadamente 75% do céu celestial durante os dois anos de missão.

Reprodução

Ilustração de TOI 700 d, exoplaneta de tamanho similar ao da Terra e potencialmente habitável, a 101,5 anos-luz de distância. Imagem: Nasa

A etapa estendida deve seguir a mesma lógica com o adicional de que o satélite também vai analisar o plano da órbita da Terra ao redor do Sol. As expectativas dos cientistas da Nasa é de que a próxima etapa entregue ainda mais resultados. Isso porque o TESS recebeu alguns aprimoramentos ao longo da missão primária.

“As câmeras [da sonda] agora capturam uma imagem completa a cada 10 minutos, três vezes mais rápido do que durante a missão principal”, diz o comunicado da Nasa. De acordo com o documento, novos recursos permitem o equipamento mensurar a brilho de milhares de estrelas a cada 20 segundos, junto a ferramentas antigas que interpretam os dados de dezenas de milhares de estrelas a cada dois minutos.

Descobertas

Entre as principais descobertas do TESS, a agência espacial norte-americana destaca a identificação do exoplaneta TOI 700 d. A cerca de 101,5 anos-luz da Terra, o astro é localizado em um zona habitável da órbita de sua estrela e apresenta tamanho similar ao do nosso planeta. Segundo a Nasa condições do objeto espacial podem viabilizar a existência de água em forma líquida na superfície.

A agência ainda destaca que o satélite foi além das descobertas planetárias e observou inúmeras explosões de estrelas e cometas, assim como registrou um buraco negro devorando uma estrela semelhante ao Sol em uma galáxia distante.

Via: Nasa/Space


Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital