Já se passaram sete anos desde que o Rover Curiosity da Nasa pousou no Planeta Vermelho, uma manobra que até então parecia ser improvável para muitos pesquisadores. O rover passou meses navegando pelo espaço antes de atinigir a superfície de Marte, em 6 de agosto de 2012. Quando o sucesso do pouso foi confirmado, o controle da missão no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, Califórnia, explodiu em aplausos e em lágrimas de alegria e alívio.
Junto com a comemoração do sétimo ano de atuação do Curiosity, a agência espacial está comemorando também as descobertas inéditas feitas por ela. Um exemplo, que mudou várias concepções na ciência, foi quando o veículo espacial determinou que a cratera de 154 quilômetros de largura onde pousou tinha abrigado um sistema de lagos e correntes no passado antigo. Assim, observações adicionais sugeriram que esse ambiente foi habitável por longos períodos, talvez centenas de milhões de anos de cada vez.
O veículo espacial está atualmente explorando partes da cratera Gale em um local conhecido como “unidade contendo argila” e está usando sua broca para coletar amostras do solo marciano por onde a água já fluiu. A argila resultante agora está ensinando aos cientistas como eram as condições dentro da cratera e indicando como Marte era há muito tempo.
Os cientistas sabem que Marte já foi um lugar muito mais úmido do que é hoje, mas ainda não têm certeza se toda essa umidade sustentava vida no Planeta Vermelho. Amostras coletadas pela Curiosity mostraram que o solo pode ter sido adequado para a vida microbiana, mas os cientistas não podem afirmar com certeza se alguma bactéria ou vida microscópica esteve (ou ainda está) presente no planeta.
A Nasa diz que a fonte de energia nuclear do Rover Curiosity deve continuar funcionando bem nos próximos anos. Assim, podemos esperar muitas descobertas adicionais enquanto esperamos pelo eventual lançamento do rover da missão Mars 2020.
Via: BGR