A temperatura média anual da Terra deve ficar pelo menos 1º C mais quente que a era pré-industrial a cada ano até 2024. Esta é a previsão divulgada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quinta-feira (9). 

A Organização diz ainda que existe uma probabilidade acima de 20% de picos acima de 1,5º C em pelo menos um desses anos. De qualquer forma, entre 2020 e 2024, praticamente todas as regiões do planeta, a não ser por algumas áreas oceânicas do sul, terão temperaturas mais altas do que atualmente.

Entre 1850 e 1900, o planeta já aumentou pelo menos 1º C em sua temperatura média. Parece pouco, mas as catástrofes climáticas são cada vez mais recorrentes. Os últimos cinco anos já foram os mais quentes registrados na história.

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A ONU prevê condições climáticas mais úmidas nas regiões de altas latitudes da Terra e mais secas no norte e leste da América do Sul. As previsões não consideram as mudanças nas emissões de gases de efeito estufa registradas durante o confinamento para conter a pandemia do novo coronavírus.

“Este estudo mostra – com um alto nível de habilidade científica – o enorme desafio à frente no cumprimento do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas de manter um aumento da temperatura global neste século bem abaixo de 2° C acima dos níveis pré-industriais”, disse o secretário-geral da OMM Petteri Taalas.

Segundo Taalas, a redução nas emissões de gás carbônico este ano não deve levar a uma diminuição nas concentrações atmosféricas de CO2; a causa do aumento da temperatura global.

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“Devido à vida útil muito longa do dióxido de carbono na atmosfera, não se espera que o impacto da queda nas emissões neste ano leve a uma redução nas concentrações atmosféricas de CO2 que estão impulsionando o aumento da temperatura global”. 

A OMM também espera que somente em 2020, muitas partes da América do Sul, sul da África e Austrália provavelmente serão mais secas do que no passado recente.