A SpaceX lançou nesta terça-feira (6) o 13º lote de satélites da constelação Starlink, que será usada para fornecer acesso à internet em banda larga a todo o planeta. Um foguete Falcon 9 com 60 satélites decolou da plataforma de lançamento 39A do Centro Espacial Kennedy em Cabo Canaveral, na Florida, às 9h (horário de Brasília).
O lançamento estava originalmente previsto para o dia 17 de setembro, mas foi adiado inúmeras vezes devido a mau tempo, problemas nos sistemas de recuperação ou no foguete. A proximidade do lançamento de outra missão da SpaceX, com um novo satélite GPS, gerou uma cena incomum: dois Falcon 9 lado-a-lado em plataformas no Centro Espacial Kennedy.
Contando este 13º lote, a SpaceX soma quase 800 satélites em órbita, pouco menos da metade dos 1.584 necessários para cobertura global na primeira fase do serviço de acesso rápido à internet da Starlink.
Deployment of 60 Starlink satellites confirmed pic.twitter.com/x83OvjB4Pa
— SpaceX (@SpaceX) October 6, 2020
O serviço de banda larga da Starlink já está em teste beta nos EUA, e os primeiros números mostram download a 100 Mbps, upload a 40 Mbps, com latência de 40 a 50 ms considerando o trajeto de ‘ida e volta’ até um satélite. Ainda é distante do objetivo da SpaceX, que é de download a 1 Gbps e latência de 8 ms, mas é similar à velocidade de download oferecida por serviços de banda larga fixa nos EUA, com latência baixa o suficiente para partidas de jogos online, por exemplo.
O crescimento de constelações como a Starlink (e similares, como o Project Kuiper, da Amazon) preocupa os astrônomos, que argumentam que o alto brilho dos satélites prejudica as observações astronômicas feitas a partir da Terra. A SpaceX prometeu realizar mudanças em seus satélites para reduzir sua visibilidade, mas um estudo recente mostrou que elas ainda não são suficientes.