Novo observatório intensifica busca por impacto de asteroides na Lua

Observatório de Impacto Lunar de Sharjah registrou o 100º impacto em um período de seis dias; veja a imagem
Redação06/05/2020 12h06, atualizada em 06/05/2020 12h20

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Às vezes, um flash de luz durante a noite pode significar um asteroide atingindo a Lua. Esses impactos são importantes para os cientistas espaciais porque oferecem informações valiosas sobre a barragem de rochas espaciais da Terra. Um novo telescópio, o Observatório de Impacto Lunar de Sharjah, iniciou recentemente suas operações e confirmou o impacto número 100 em um período de 150 horas.

É importante ter vários telescópios a procura desses impactos porque a passagem de um satélite pode produzir flashes semelhantes. Porém, dois observatórios em lugares diferentes não podem estar vendo o mesmo satélite. Dessa forma, se os dois registrarem o mesmo flash significa que se trata realmente de um impacto de asteroide.

O projeto Impacto Lunares e Transientes Ópticos da Agência Espacial Europeia (Neliota) observa a Lua de forma ininterrupta e, em 150 horas de observação, registrou 102 flashes. A centésima observação aconteceu na última sexta-feira (1º) e foi comprovado pelo registro do Observatório de Impacto Lunar de Sarjah, o que possibilitou alinhar a data e a hora do impacto.

ReproduçãoRegistro do impacto. Foto: Sharjah Lunar Impact Observatory

“Detecções cruzadas como essa são muito úteis, pois descartam a possibilidade de um satélite lento e brilhante ser identificado erroneamente como um flash de impacto”, destacou Detlef Koschny, gerente do Gabinete de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia. “Enquanto o Neliota tem outros meios menos diretos de excluir esses eventos, estamos animados por ter mais olhos na lua, ajudando-nos a entender a estrada rochosa em que nosso planeta viaja”, acrescentou.

A Terra e a Lua estão próximas o suficiente para que os dois sejam atingidos por fragmentos das mesmas rochas espaciais. No planeta, esses objetos de menos de 100 gramas e cinco centímetros de diâmetro queimam rapidamente na atmosfera. Na Lua, que não possui atmosfera, eles atingem o solo, gerando os flashes registrados.

Via: Space

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital