Os redemoinhos lunares são, como o próprio nome já diz, redemoinhos formados na superfície da Lua. Sua existência está diretamente ligada à crosta magnetizada presente em algumas partes do satélite natural. A observação desses pontos pode levantar diversas hipóteses sobre como esses fenômenos são formados, além de ideias sobre como a crosta magnetizada se originou. Por esse motivo, a Nasa pretende explicar sua formação.

Durante a missão Artemis, a Nasa irá estudar os locais onde esses redemoinhos se formam. A missão, que deve ser realizada até 2024, vai explorar áreas não investigadas pela missão Apollo, e aterrissar em um redemoinho lunar para fazer uma “medição magnética” da área. Artemis é o programa de exploração lunar tripulada da Nasa, que visa levar astronautas à Lua até 2024 e estabelecer presença humana sustentável até 2028.

Cientistas que estudam campos magnéticos sugerem que eles podem ter se formado a partir de processos relacionados a impactos – seja pelo impacto direto de um cometa ou por efeitos de plasma decorrentes da formação de grandes bacias.

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Outra possibilidade é que os campos magnéticos detectados sejam de origem subterrânea. Mais precisamente de rochas magnetizadas por um antigo campo lunar gerado no núcleo da Lua – uma espécie de “dínamo” que gerou essa energia e depois desapareceu.

Observações realizadas pelo Lunar Reconnaissance Orbiter da Nasa parecem fornecer suporte para a análise de blindagem magnética. Essa blindagem acontece quando partículas de vento solar, que são eletricamente carregadas, são desviadas pelos campos magnéticos presentes na superfície da Lua. Portanto, é possível que o campo magnético proteja a superfície lunar das intempéries causadas pelo vento solar.

Se a explicação da proteção das partículas de vento solar estiver correta, pode-se argumentar que os redemoinhos oferecem proteção contra radiação de campo eletrostático para futuras tripulações na Lua.

“Muitas dessas perguntas podem ser respondidas por uma missão a uma dessas áreas”, disse David Blewett, do Grupo de Exploração Planetária do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Laurel, Maryland. “Gostaria de ver um veículo espacial descobrindo quanto vento solar está chegando à superfície lunar e investigando os efeitos que causam no solo”, completou.

Via: Space