Dentro da Nasa, há um programa que busca encontrar investimento de fontes diversas para ideias inovadoras e disruptivas. É uma oportunidade para investidores e empresários se envolverem em projetos tecnicamente confiáveis e avançados que poderiam um dia mudar setor aeroespacial. E uma das ideias, lançadas essa semana, parece particularmente interessante.

O tecnólogo em robótica Saptarshi Bandyopadhyay, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL), propõe a instalação de um radiotelescópio com um quilômetro de diâmetro dentro de uma cratera no lado mais distante da Lua. O Telescópio de Rádio da Cratera Lunar (LCRT) seria capaz de medir comprimentos de onda e frequências que não podem ser detectadas na Terra, trabalhando sem obstruções pela ionosfera ou por vários outros ruídos que cercam o nosso planeta.

Bandyopadhyay/Nasa

“O LCRT poderia permitir enormes descobertas científicas no campo da cosmologia, observando o universo primitivo que ainda não foi explorada pelos seres humanos até o momento”, escreve Bandyopadhyay em seu esboço de projeto. O maior radiotelescópio aqui na Terra é o Five-hundred metre Aperture Spherical Telescope (FAST) que tem um diâmetro de 500 metros.

Esse telescópio seria montado por rovers na Lua, que puxariam uma malha de arame dentro de uma cratera lunar que poderia ter até cinco quilômetros de diâmetro. Um receptor suspenso no centro da cratera completaria o sistema. O melhor: tudo poderia ser automatizado, sem operadores humanos, o que, por sua vez, significaria uma carga útil mais leve e menos dispendiosa para o projeto.

A equipe por trás do conceito agora tem nove meses e até US$ 125 mil em dinheiro da Nasa para ver se eles podem desenvolvê-lo ainda mais – e buscar mais investidores.

Via: ScienceAlert