A Nasa publicou nesta quarta-feira (3) um novo mosaico com detalhes da superfície do asteroide Bennu. As imagens foram capturadas pela sonda OSIRI-REx a uma distância de 250 metros da superfície do corpo espacial e retratam uma região denominada Osprey. O local representa um ponto alternativo de amostragem, caso a missão falhe em coletar amostras do solo do asteroide na região prioritária, chamada Nightingale.
De acordo com o Space, a OSIRI-REx registrou 347 imagens, que foram combinadas para formar o mosaico. Na figura, é possível observar a Osprey localizada na cratera presente na parte inferior da imagem, logo acima do ponto escuro posicionado no centro da cavidade. O objetivo da operação foi fornecer recursos em alta resolução para que a equipe da missão possa identificar as melhores áreas para uma possível coleta em Osprey.
Mosaico do asteroide Bennu. Imagem: Nasa
A imagem está disponível para download na resolução original no site da Nasa.
A missão
Lançada ao espaço em 2016, a OSIRI-REX orbita o asteroide Bennu desde 2018. A Nasa anunciou recentemente que a primeira tentativa da sonda para extrair material do solo do gigante rochoso acontecerá no dia 20 de outubro deste ano. Se bem sucedida, a espaçonave retornará à Terra com a amostra até 2023.
Para realizar a coleta, a sonda tocará a superfície do asteroide com um braço mecânico equipado com um amostrador de solo. O mecanismo é conhecido como TAGSAM, que significa Mecanismo de Aquisição de Amostras Touch-and-Go. Após poucos segundos, a OSIRI-REx vai disparar gás nitrogênio pressurizado e capturar fragmentos resultantes do impacto na superfície do asteroide. Por fim, a sonda ainda deve fotografar o material coletado para garantir que a amostra é suficiente.
De acordo com o Space, os cientistas esperam extrair pelo menos 60 gramas de material. A expectativa dos pesquisadores é que a amostra ajude pesquisadores a investigar a formação do nosso sistema solar, uma vez que o Bennu corresponde a um asteroide remanescente de períodos cósmicos muito antigos. A Nasa acredita, inclusive, que alguns fragmentos do asteroide podem ser mais antigos que ele próprio.
Fonte: Space