Uma técnica, que pode ajudar a aliviar a quantidade de lixo espacial, acabou de passar por testes fora da Terra. Um módulo, do tamanho de um notebook, chamado ‘Terminator Tape’, é o responsável por ajudar a diminuir a quantidade de detritos soltos no espaço.

Em junho de 2019, o foguete Falcon Heavy, da SpaceX, lançou alguns satélites em órbita, incluindo um chamado Prox-1, construído por uma equipe do Instituto de Tecnologia da Geórgia. Pouco tempo depois de chegar à posição correta, o Prox-1 foi responsável por implantar com sucesso o LightSail 2, vela solar da The Planetary Society. Entretanto, essa não foi a única missão do satélite.

No início de setembro, houve outra implantação. Desta vez, o ‘Terminator Tape’ foi ativado. O dispositivo é um módulo conectado ao exterior do Prox-1. Ele foi responsável por desenrolar uma tira de fita eletricamente condutora de 70 metros projetada para diminuir a órbita do Prox-1.

Foto: Tethers Unlimited

“Três meses após o lançamento, conforme planejado, nossa unidade comandou a instalação do Terminator Tape, e podemos observar que o satélite imediatamente começou a desorbitar 24 vezes mais rápido”, diz Rob Hoyt, CEO da Tethers Unlimites, empresa responsável pela tecnologia.

“A remoção rápida de satélites dessa maneira ajudará a combater o crescente problema de detritos espaciais”, acrescentou Hoyt. “Este teste bem-sucedido prova que essa tecnologia leve e de baixo custo é um meio eficaz para programas de satélite atenderem aos requisitos de mitigação de detritos orbitais”.

Lixo espacial representa uma ameaça significativa à exploração do espaço. Essa ameaça aumenta à medida que se torna mais fácil e barato construir e lançar satélites em órbita. Com mais naves espaciais voando por lá, controladas por pessoas com diferentes níveis de experiência operacional, a chance de uma colisão continuará aumentando.

Portanto, pessoas como Hoyt e sua equipe criaram maneiras de ajudar a derrubar satélites em tempo hábil quando as vidas operacionais terminarem. O teste da ‘Terminator Tape’ ainda não foi concluído, a Tethers trabalha em parceria com algumas outras empresas em uma missão chamada Dragracer, que comparará a desorbitação de dois satélites idênticos – exceto que um terá o módulo para auxiliar neste processo.

Via: Space