A segunda parte da missão ExoMars, da Agência Espacial Europeia (ESA) em parceria com a agência russa, Roscosmos, pretende enviar uma sonda batizada de Rosalind Franklin a Marte para iniciar a exploração do planeta e investigar possíveis sinais de vida extraterrestres.
A princípio, o lançamento estava previsto para 2018, mas devido a problemas técnicos, a operação foi adiada várias vezes e agora está marcada para julho de 2020. Uma reportagem do site Space, no entanto, indica que um novo atraso pode fazer com que a sonda seja enviada ao espaço somente em 2022.
Atualmente, o principal gargalo da ExoMars remete aos paraquedas de aterrissagem. Em testes conduzidos pela ESA no ano passado os equipamentos não resistiram à simulação de um pouso em velocidade supersônica. Os paraquedas da Rosalind Franklin devem suportar uma plataforma de pouso super pesada, que atribui complexidade ao projeto.
Diante dos problemas, em dezembro, a agência pediu ajuda da Nasa para superar o impasse, uma vez que a agência espacial americana já possui pelo menos quatro máquinas em solo marciano.
Os testes preliminares apresentaram resultados bastante promissores, porém a prova final ainda será realizada no final de março. Caso o sistema de paraquedas falhe novamente, pode levar até dois anos e meio para que a ESA marque um novo lançamento.
A preocupação da agência faz todo o sentido. Afinal, fora os milhões de dólares investidos no projeto, a ESA-Roscosmos ExoMars já possui um episódio de imprecisão em sua história. Em 2016, outra sonda enviada como parte da missão, chamada Schiaparelli, explodiu na superfície de Marte devido a problemas de transmissão de dados que ativaram o sistema de paraquedas prematuramente.
Fonte: Space.com