A Agência Espacial Europeia (ESA) foi forçada a pedir ajuda à Nasa para salvar sua missão ExoMars 2020. O pedido veio após uma série de testes de paraquedas terminando em falhas catastróficas.
Para que a sonda ExoMars realize sua aterrissagem no Planeta Vermelho, são necessários dois paraquedas. Porém, testes realizados em condições que imitam a atmosfera de Marte mostram que o tecido dos paraquedas se rasgou enquanto a descida era realizada.
Esses atrasos envolvendo a tecnologia de aterrissagem colocaram em risco o cronograma de lançamento. Com isso, engenheiros ligados diretamente à missão trabalham com apenas 50% de chance de lançá-la a tempo.
Por esse motivo, a ajuda da Nasa foi solicitada. Os engenheiros espaciais da ESA esperam que a agência americana possa ajudar a resolver o problema a tempo do lançamento – que está programado para acontecer entre 26 de julho e 12 de agosto de 2020.
Caso os erros não sejam resolvidos, os custos crescentes da missão podem atingir valores muito altos, o que resultaria em um adiamento do lançamento até pelo menos 2022.
A Nasa aceitou ajudar a ESA com os problemas e deve realizar testes semelhantes nos próximos meses à medida que seu Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) tenta intervir para salvar a missão.
Alguns testes preliminares têm sido bastante promissores, o que mantém viva a esperança de um lançamento ainda em 2020. “Os testes preliminares realizados pelo laboratório da Nasa foram bem”, disse Pietro Baglioni, responsável pelo ExoMars.
“No entanto, o problema virá quando os testes forem repetidos em fevereiro. Se os paraquedas passarem neste teste, teremos um calendário apertado, mas plausível, para ajustá-los ao ExoMars. Mas se forem necessários mais testes ou alterações, será muito complicado”, completou.
O ExoMars é uma missão muito importante para a ESA. Ela é destinada a iniciar a colonização de Marte e procurar possíveis sinais de vida. A principal preocupação dos engenheiros envolvidos no projeto é garantir que o veículo aterrisse intacto.
Com a Nasa participando ativamente da operação e o poder combinado das duas agências trabalhando no projeto, espera-se que uma solução possa ser encontrada para evitar atrasos. Se a janela de lançamento prevista for perdida, o projeto será adiado mais uma vez, além de custar várias vezes o orçamento inicial.
A missão foi projetada para decolar em 2018, mas os atrasos nas principais entregas afetaram seu lançamento. Os problemas apresentados até então também contribuíram para o aumento do custo de centenas de milhões de euros para mais de um bilhão.
Via: Daily Mail