Há 30 anos nos brindando com algumas das imagens mais incríveis do cosmos, o telescópio Hubble caprichou nesta quarta-feira (18). Ele capturou uma belíssima imagem de uma nuvem rosa brilhante de poeira e gás que é um berçário de estrelas.
Chamada LHA 120-N 150, a região está localizada nos arredores da Nebulosa de Tarântula, que o maior viveiro estelar conhecido. A nebulosa retratada pelo Hubble está situada a mais de 160 mil anos-luz de distância na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita a Via Láctea.
Na imagem é possível ver as estrelas mais jovens (os pontos mais brilhantes) que cercam a nuvem, objeto de estudo dos astrônomos. A Nebulosa da Tarântula mede quase mil anos-luz de diâmetro, e é um dos melhores laboratórios para estudar a formação de estrelas, em particular estrelas massivas, dada sua concentração excepcionalmente de aglomerados de super estrelas.
ESA/Hubble, NASA, I. Stephens
A região pode ajudar os pesquisadores a saber mais sobre o ambiente em que estrelas massivas se formam. “Modelos teóricos da formação de estrelas massivas sugerem que elas se formem em aglomerados de estrelas; mas as observações indicam que até dez por cento deles também se formaram isoladamente”, explica a equipe do Hubble em um comunicado.
Neste sentido, a Nebulosa de Tarântula, com suas numerosas subestruturas, apresenta estrelas maciças tanto em aglomerados como isoladamente. “Com a ajuda do Hubble, os astrônomos tentam descobrir se as estrelas isoladas visíveis na nebulosa realmente se formaram sozinhas ou simplesmente se afastaram de seus irmãos estelares”, afirmam os pesquisadores.
Via: ESA