Há 60 anos, os soviéticos mandaram dois cachorros ao espaço; relembre

Belka e Strelka viajaram na companhia de ratos, camundongos, moscas, plantas e fungos; descendentes dos cães estão vivos até hoje
Rafael Rigues18/08/2020 16h06, atualizada em 18/08/2020 16h08

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Há 60 anos, em 19 de agosto de 1960, a União Soviética lançou a missão Korabl-Sputnik 2 (conhecida no ocidente como Sputnik 5), com dois passageiros adoráveis a bordo: os “cães espaciais” Belka (“Esquilo”, em Russo) e Strelka (“Flechinha”).

Foi a primeira missão a enviar seres vivos à órbita terrestre e recuperá-los em segurança. Em uma missão anterior os soviéticos enviaram a cadelinha Laika, mas ela morreu entre cinco a sete horas após chegar ao espaço, devido ao calor dentro da cápsula e stress causado pela viagem.

Reprodução

Cápsula da Korabl-Sputnik 2 / Sputnik 5, onde viajaram Belka e Strelka. Foto: Pretenderrs – CC-BY-SA 3.0

Junto com Belka e Strelka também viajaram um coelho cinza, 42 camundongos, dois ratos e várias moscas, plantas e fungos. Todos sobreviveram à viagem e retornaram à Terra em 20 de agosto, cerca de 22 horas após o lançamento.

Um ano depois Strelka teve uma ninhada de filhotes, e uma fêmea, chamada Pushinka, foi dada como presente à então Primeira Dama dos EUA, Jacqueline Kennedy. Pushinka teve quatro filhotes com outro cão dos Kennedy, Charlie, e seus descendentes estão vivos até hoje.

A Korabl-Sputnik 2 abriu as portas para a primeira missão humana ao espaço, lançada oito meses depois: a Vostok 1, carregando o cosmonauta Yuri Gagarin.

Foto de abertura: Teknoraver – CC-BY-SA-4.0

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital