Em 2015, uma equipe internacional de astrônomos observou uma estrela anã branca devorando os planetas do seu próprio sistema. Agora, o estudo deles foi aceito para revisão e inicia um novo campo de pesquisa: a necroplanetologia.
Segundo os cientistas, as estrelas de uma determinada massa se transformam em anãs brancas no fim do seu ciclo de vida. Para isso, elas expelem grande parte de seus materiais, deixando para trás uma nebulosa. As anãs brancas são os restos de um núcleo estelar que consumiu todo o hidrogênio usado para alimentar suas reações de fusão. Elas se tornam extremamente densas, em alguns casos, compactando a massa do Sol no volume da Terra.
Porém, os astrônomos encontraram a anã branca WD 1145 + 017, a 570 anos luz de distância, se comportando de maneira estranha. A estrela escureceu a uma taxa irregular, repetindo o mesmo padrão a cada cinco horas, sugerindo que havia dezenas de corpos a orbitando.
Segundo o artigo, esses corpos eram como asteroides “com uma estrutura parcialmente diferenciada e manto rico em voláteis”. Isso sugere que eles estavam perdendo a matéria de sua camada externa rapidamente. Além disso, sua atmosfera estava cheia do que a equipe suspeita ser os restos de outros planetas rochosos, compostos de metais mais pesados, como ferro e magnésio.
Após todas as observações, a equipe concluiu que os restos dos planetas rochosos devem ter sido acumulados recentemente pela enorme força gravitacional da anã branca. Em outras palavras, a estrela está consumindo os planetas que a orbitam. Se este é um comportamento raro ou é parte do ciclo de vida de uma estrela, apenas o tempo e novos estudos poderão responder.
Via: Futurism