Em 20 de outubro, a espaçonave robótica OSIRIS-REx, da Nasa, tentará coletar pedaços de material da superfície de Bennu, um pequeno asteroide próximo à Terra com cerca de 500 metros de diâmetro.
Até então, os cientistas envolvidos na tentativa pensaram que iriam encontrar apenas material rochoso.

No entanto, de acordo com leituras de espectrômetros e infravermelho feitas remotamente pela OSIRIS-REx, foram encontrados “veios de carbonato” na superfície da rocha espacial. Isso significa que rios antigos provavelmente fizeram parte do asteroide em algum momento. 

Na verdade, essa condição era aplicada ao “pai” de Bennu, provavelmente um planetoide ou protoplaneta muito maior. Acredita-se que, antes de ser destruído e gerar o pequeno asteroide, seu corpo apresentava um “sistema hidrotérmico de água” – em outras palavras, rios. 

Reprodução

Foram encontrados “veios de carbonato” na superfície de Bennu. Foto: Nasa/ Reprodução

“Se as veias em Bennu são carbonatos, o fluxo de fluido e a deposição hidrotérmica no corpo teriam ocorrido em seu pai em escalas de quilômetros por milhares de anos”, concluiu a equipe liderada por Hannah Kaplan, do Goddard Space Flight Center, da Nasa.

Eles ainda sugerem que a água pode ter vazado por rachaduras na superfície do planeta que originou o asteroide, e isso fez com que vestígios de carbono fossem deixados. Algumas dessas veias poderiam ter sido responsáveis por fluxos de água cobrindo áreas de até duas dezenas de quilômetros de largura.

Por conta disso, o principal objetivo da espaçonave robótica é o de coletar esse material da superfície para que seja confirmada a presença desses veios de carbonato. “Um dos pontos principais desta missão é que esses asteroides podem ter liberado parte da matéria orgânica precursora que deu origem à Terra”, disse Kaplan.

Leituras preliminares

As leituras de espectrometria feitas anteriormente também indicam a presença de outros materiais em Bennu. Isso mostrou aos pesquisadores que as rochas que constituem sua superfície são muito mais diversas do que se pensava.

Essa diversidade indica que esses materiais podem ter sido transferidos para sua superfície a partir do corpo original. Espera-se que, a partir da análise dos materiais coletados, seja possível definir de que o planeta que originou Bennu era composto.

Via: Futurism