Com a virada do ano próxima, já podemos anotar na agenda os futuros eventos astronômicos e, entre eles, está um fenômeno raro e que aparece poucas vezes por ano. Estamos falando da superlua, que nada mais é do que um tipo raro de lua cheia que aparenta ser 14% maior e 30% mais brilhante do que o normal. Em 2020, terão três datas possíveis para vê-la: no dia 9 de março, 8 de abril e 7 de maio. Elas serão visíveis no Brasil durante o nascer (março e maio) e o pôr do sol (abril).

Suas aparições são poucas ao longo do ano porque precisam acontecer na hora certa e no tempo certo, diferente da cheia normal, que ocorre todo mês. Isso ocorre, pois, durante a órbita do satélite na Terra, ela passa por dois pontos importantes: o perigeu e o apogeu, dois pontos distintos causados pelo formato elíptico da órbita.

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Assim, enquanto o apogeu representa o ponto em que o astro está mais longe da Terra, no perigeu ela está cerca de 30 mil milhas (cerca de 50 mil quilômetros) mais próxima de nosso planeta. Ou seja, para superlua acontecer ela deve estar na fase cheia e no perigeu, ao mesmo tempo.

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Ilustração da posição da Lua com a Terra durante o Apogeu e Perigeu. Imagem: Nasa (Terra) e Gregory R. Ravera (Lua)

Isso é incomum porque, enquanto à Terra gira em torno do Sol, sua orientação para nosso planeta permanece praticamente a mesma, e muda onde a lua está em orbita durante cada fase cheia, fenômeno conhecido como precessão lunar. Sem ele, a superlua seria ainda mais rara.

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Diferença de uma superlua e uma lua cheia normal. Imagem: Nasa/JPL-Caltech

A olho nu, é muito difícil conseguir distinguir uma superlua de uma lua cheia normal. Entretanto, agora, com as datas em mãos, a melhor forma de observar o fenômeno é quando ela está baixa, perto da linha do horizonte.