Nasa transmite ao vivo ‘superlua azul de sangue’

Redação30/01/2018 12h12, atualizada em 30/01/2018 12h58

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Um evento raro está acontecendo agora: trata-se, segundo a Nasa, de uma “superlua azul de sangue”, resultado da conjunção de três eventos lunares diferentes na mesma noite. Isso fará com que a Lua adquira uma aparência única. O fenômeno só é visível do Alasca, do Havaí e do oeste dos EUA, mas felizmente a agência espacial estadunidense está fazendo uma transmissão ao vivo dele para o resto do mundo.

No horário de Brasília, o evento lunar deve começar por volta das 7:30 da manhã. Será possível assistir á transmissão por meio do site NASA TV ou por meio do link www.nasa.gov/nasalive. Ela mostrará a “superlua azul de sangue” tanto do ponto de vista da Terra quanto pelas lentes de diversos de seus telescópios – ou, pelo menos, aqueles que tiverem boa visibilidade do evento.

Três fenômenos ao mesmo tempo

A “Superlua azul de sangue” é um evento notável porque, embora os três eventos que a compoem sejam relativamente comuns, eles quase nunca caem juntos. O mais óbvio deles é a “Lua azul”, que segundo o The Verge é o nome dado nos Estados Unidos às segundas luas cheias de um mês – normalmente, cada mês tem apenas uma lua cheia, então quando um mês acaba tendo duas, trata-se de um evento notável.

Em seguida, uma “superlua” acontece quando a fase “cheia” da Lua ocorre durante o ponto da órbita da Lua no qual ela está mais próxima da Terra. Quando isso acontece, a Lua parece ser cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que as luas cheias que acontecem durante o período da órbita do satélite no qual ele está mais distante de nós, segundo o Engadget.

Como a lua do céu da madrugada de amanhã será tanto uma “lua azul” quanto uma “superlua”, ela será uma “superlua azul”. Mas para quem estiver no oeste dos EUA, no Havaí ou no Alasca, ela vai ser ainda mais especial. Isso porque o local presenciará um eclipse lunar total, que é quando a Terra fica exatamente entre o Sol e a Lua. Isso faz com que a lua cheia fique com uma coloração avermelhada, e por isso é conhecido como “Lua de sangue”. A imagem abaixo mostra um eclipse lunar total:

Reprodução

Isso acontece porque parte da luz do Sol que passa perto da Terra é curvada pela nossa gravidade e incide sobre a Lua. Mas ao passar por perto da Terra, ela atravessa nossa atmosfera, que acaba “filtrando” as partes azuis da luz do Sol. Sobram apenas as partes avermelhadas da luz, que são as que chegam até a Lua e, de lá, são refletidas para as pessoas que estão na área do eclipse. Quem estiver nessa área amanhã, portanto, verá uma “Superlua azul de sangue”.

Eventos astronômicos

Trata-se do segundo evento astronômico notável em apenas alguns meses. Em agosto do ano passado, aconteceu também um eclipse solar total (quando a Lua entra na frente do Sol durante o dia, bloqueando parte da luz que chega à Terra por algum tempo). O evento gerou tanto interesse que provocou uma queda de 10% na audiência da Netflix, e o Google até fez um filme colaborativo sobre ele usando as imagens produzidas pelos internautas.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital