Elon Musk, CEO da SpaceX, deu maiores detalhes sobre os planos da empresa para estabelecer uma base sustentável em Marte. Musk deseja criar uma cidade tecnológica avançada, mas segundo ele, sua construção pode ser demorada.
Ao responder uma pergunta feita no início desta semana no evento de lançamento da Força Aérea dos EUA na Califórnia, Musk disse que o baixo custo de lançamento de seu foguete Starship – cerca de US$ 2 milhões – é essencialmente necessário, caso o objetivo seja estabelecer uma “cidade autossustentável em Marte“.
Para tornar a cidade uma realidade, ele acrescentou que a SpaceX precisará construir cerca de mil naves para que seja possível transportar carga, infraestrutura e tripulação para o planeta vermelho durante um período de 20 anos – que é o tempo que Musk acredita ser necessário para que esse empreendimento seja realizado.
Como justificativa, ele disse que o alinhamento planetário só permite que um foguete atinja Marte a cada dois anos, por esse motivo a construção deve seguir este cronograma.
Musk também afirmou que a capacidade de carga da nave Starship pode ser essencial para que tudo seja realizado de forma correta. O design da Starship visa maximizar a reutilização e, de fato, Musk observou que, idealmente, ele pode voar até três vezes por dia. Isso equivale a mais de mil voos por ano, o que significa que se eles construírem 100 foguetes, e cada um deles transportar até 100 toneladas para a órbita, a empresa conseguirá lançar mais de dez milhões de toneladas em órbita por ano.
Para colocar isso em perspectiva, Musk salienta que, se considerarmos todas as naves espaciais atualmente em operação, a capacidade total de carga útil é de apenas 500 toneladas por ano – com os foguetes da série Falcon representando cerca de metade disso.
É claro que, para montar uma cidade permanente e sustentável em Marte, é necessário chegar lá com um voo tripulado primeiro. A Nasa estabeleceu 2024 como sua meta para esse marco, e a SpaceX disse que espera pousar sua nave lá em 2022 para ajudar na preparação da aterrissagem.
Via: TechCrunch