Elon Musk tem um plano extremamente ambicioso para criar uma cidade com 1 milhão de habitantes em Marte até 2050. Isso envolveria múltiplos vôos de suas espaçonaves Starship, ainda em desenvolvimento, transportando milhares de toneladas de carga, incluindo pessoas, equipamento e suprimentos, a cada “janela” de 26 meses, quando Marte e Terra se alinham e uma viagem direta se torna possível.
Anteriormente, Musk estimou que o custo de uma passagem para Marte seria de US$ 500 mil, “dependendo da demanda”. O executivo afirma que seu objetivo é derrubar o preço para cerca de US$ 200 mil, o equivalente ao de uma casa nos EUA.
Isso não significa que a chance de morar no planeta vermelho será limitada aos ricos. Segundo Musk, “É necessário que qualquer um possa ir, com empréstimos disponíveis para os que não tiverem dinheiro”.
Needs to be such that anyone can go if they want, with loans available for those who don’t have money
— Elon Musk (@elonmusk) 17 de janeiro de 2020
O executivo especula que poderia ser possível trocar a passagem por trabalho em Marte, afirmando que “não haverá falta de empregos” em todos os setores, de pizzarias à construção e manutenção de sistemas de suporte de vida.
Congratulations, dipshit, you just invented space indentured servitude
— Red Durkin (@RedIsDead) 17 de janeiro de 2020
A idéia não caiu bem entre os usuários do Twitter. Isso porque soa muito similar ao sistema de “Servidão por Contrato”, onde trabalhadores assinam um contrato se comprometendo a trabalhar para um empregador específico por tempo determinado em troca, por exemplo, da cobertura dos custos da viagem.
Embora popular no passado, como durante a colonização dos EUA por imigrantes europeus no século XVII, o sistema é banido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos como uma forma de escravidão.
Fonte: Inverse