Astrônomos encontraram uma nova maneira de detectar oxigênio em exoplanetas. Com esta nova forma, os cientistas possuem mais uma ferramenta para procurar vidas extraterrestres. A ideia é implementar a tecnologia no Telescópio Espacial James Webb, da Nasa, que será lançado em 2021. “Antes do nosso trabalho, o oxigênio em níveis semelhantes aos da Terra era indetectável com o Webb”, destacou Thomas Fauchez, principal autor do estudo.
A técnica consiste em detectar os sinais emitidos pelos átomos de oxigênio quando colidem entre si. Quando isso ocorre, as moléculas impedem que o telescópio veja as partes do espectro da luz infravermelha. Com o novo método, os astrônomos podem determinar a composição atmosférica do planeta analisado.
Edward Schwieterman, um dos integrantes de pesquisa, afirmou que “o oxigênio é uma das moléculas mais empolgantes de detectar devido à sua ligação com a vida”. Ainda assim, a técnica não é suficiente para identificar a presença de vida nos planetas. Quando um exoplaneta está muito perto da sua estrela hospedeira, ou se receber muita luz, a atmosfera fica muito quente, saturada de vapor de água. Essas moléculas podem ser decompostas por uma forte radiação ultravioleta.
Quando isso ocorre, o hidrogênio consegue escapar com facilidade para o espaço, enquanto o oxigênio continua na atmosfera. “É importante saber se e quantos planetas ‘mortos’ geram oxigênio atmosférico, para que possamos reconhecer melhor quando um planeta está vivo ou não”, concluiu Schwieterman.
Via: Revista Galileu