Uma cápsula espacial chinesa, lançada a bordo de um foguete Longa Marcha 5B nesta terça-feira (05), sofreu uma “anomalia” ao retornar à atmosfera, segundo a CNSA, a agência espacial chinesa.
Projetada para o transporte de carga, a cápsula testava um novo tipo de escudo térmico, componente que impede que ela “queime” ao reentrar na atmosfera. Inflável, o novo escudo é mais leve que os escudos tradicionais feitos com metais, cerâmica ou materiais compostos, o que reduz o peso geral da cápsula e permite aumentar sua capacidade de carga.
O lançamento desta terça-feira também foi o primeiro do foguete Longa Marcha 5B, o mais poderoso já produzido pela China, que será usado para enviar aos espaço os componentes da estação espacial Tiangong, que deve começar a ser construída ainda neste ano e estar pronta em 2022.
O foguete também transportou um protótipo não-tripulado da “Espaçonave Tripulada de Próxima Geração”, capaz de levar até seis astronautas e projetada para substituir a cápsula Shenzou (baseada no design das cápsulas russas Soyuz) em missões de longa distância, incluindo viagens à Lua.
Neste vôo a CNSA quer testar o desempenho da espaçonave em órbita, o comportamento de seu escudo térmico na reentrada, abertura de paraquedas e o pouso usando um sistema de airbags para amortecer o impacto. O retorno está programado para esta sexta-feira.
Fonte: AFP