Astrônomos descobrem ‘casa de Darth Vader’ além do sistema solar

Versão extrema da quinta lua de Júpiter orbita ao redor de um exoplaneta chamado WASP-49
Redação02/09/2019 16h37, atualizada em 02/09/2019 23h00

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Os cientistas podem ter descoberto um mundo vulcânico à beira da destruição, onde as chances de encontrar vida são altamente improváveis. O estudo foi lançado na últma quinta-feira, 29, e publicado pelo The Astrophysical Journal. Pelo aspecto, um cientista comparou o local a um mundo fictício de “Guerra nas Estrelas“.

Em vez de um planeta alienígena, esse mundo parece ser uma lua vulcânica, semelhante à quinta lua de Júpiter, chamada Io, em órbita ao redor de um exoplaneta chamado WASP-49. Esse planeta orbita uma estrela localizada a 550 anos-luz da Terra, na constelação de Lepus, completando uma órbita a cada 72 horas.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Berna, na Suíça, disse que lava quente e borbulhante pode fluir na superfície desta exolua (ou lua extrassolar, como é chamada a lua orbitando um planeta fora do nosso sistema solar). Essa conclusão é baseada nos altos níveis de gás de sódio detectados no sistema planetário. Os pesquisadores disseram que a presença da lua é sugerida por observações da estrela-mãe do WASP-49b e por modelos teóricos.

“Seria um mundo vulcânico perigoso com uma superfície derretida de lava”, disse Apurva Oza, pós-doutorado no Instituto de Física da Universidade de Berna e coautor do novo estudo. “Um lugar onde Jedis vão morrer, perigosamente familiar para Anakin Skywalker”. Oza estava se referindo ao vulcânico Mustafar, o planeta fictício de “Guerra nas Estrelas”, onde Skywalker foi mutilado em uma batalha de sabres de luz com seu mentor, Obi-Wan Kenobi, e mais tarde montou seu legado como Darth Vader.

O exomoon (ou exolua) é descrito como uma versão extrema da lua de Júpiter. A Io, é o corpo mais vulcanicamente ativo do sistema solar, com centenas de vulcões em sua superfície. Ao comparar as observações da quinta lua de Júpiter com as do exomoon em potencial, a equipe acredita ter encontrado o primeiro exo-Io (uma lua tipo Io) além do sistema solar, de acordo com o comunicado.

“O sódio está exatamente onde deveria estar. O gás neutro de sódio está tão longe do planeta que é improvável que seja emitido apenas por um vento planetário”, disse Oza. Outro fator-chave vem das forças de maré liberadas pelo sistema planetário, que mantêm a órbita da lua estável enquanto a aquecem e a tornam potencialmente ativa vulcanicamente. No entanto, a equipe de pesquisadores precisa de mais evidências para provar que o exomoon é de fato vulcanicamente ativo. Eles estão buscando obter dados por meio de observações terrestres e espaciais do sistema planetário.

Oza observou que um mundo como o WASP-49b está à beira da destruição devido à sua contínua perda de massa. Ele acrescenta ainda que “a parte interessante é que se pode monitorar esses processos destrutivos em tempo real, como fogos de artifício”.

Via: Space

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital