Não são raros os alertas de que um asteroide com potencial destrutivo se aproxima da Terra. Pensando em evitar o que dizimou os dinossauros, as agências espaciais trabalham em diversos métodos para que um impacto catastrófico não aconteça. Uma das opções é a de redirecionar os asteroides, e a Nasa está se preparando para lançar uma missão com esse objetivo já no próximo ano.

A missão Dart (Double Asteroid Test) está programada para decolar em julho de 2021 alimentada pelo Evolutionary Xenon Thruster – Commercial (Next-C), um poderoso motor de íons. Essa será a chance de demonstrar e testar um dos métodos mais promissores no sistema de asteroide binário Didymos.

Para se ter uma ideia do poder do Next-C, ele é capaz de gerar 6,9 quilowatts de potência de empuxo. Com esses números, gera o maior impulso total já registrado para um mecanismo de íons, além de ter uma eficiência de combustível muito maior que os demais motores. Uma grande vantagem em relação aos foguetes comuns, os que são acionados por íons são abastecidos com xenônio carregados com eletricidade gerada por matrizes solares.

Quando for lançado, o Dart deve atingir o Didymos B, alterando sua velocidade orbital em meio milímetro por segundo. Junto com ele, a Agência Espacial Italiana vai lançar o Licia, que vai pegar detritos do impacto para trazer a Terra para análise.

Se o teste for bem sucedido, a Terra terá pelo menos uma defesa contra um possível meteorito destrutivo. Apesar de o sistema Didymos não ter uma trajetória mortal, o Didymos A, maior dos dois asteroides com 807 metros de diâmetro, poderia causar um impacto capaz de transformar o planeta em um cenário apocalíptico.

Via: SyFy Wire