Em 2012, o telescópio Hubble registrou um rastro fraco de pluma no polo sul da Europa, lua de Júpiter. As plumas são colunas de fluidos, como os rastros de fumaça deixados para trás após um lançamento de um foguete. No caso da Europa, são possivelmente gêiseres que expelem a água abaixo da superfície congelada. Agora, um novo estudo foi feito com imagens da lua em busca de sinais das erupções, porém, os resultados não foram os esperados.
“Plumas em corpos gelados geralmente produzem uma variedade de tamanhos de partículas”, afirmou Paul Schenk, pesquisador do Instituto Lunar e Planetário de Houston. A gravidade faz com que as maiores e mais massivas caiam de volta à superfície. “Essas partículas são sempre diferentes da superfície de alguma forma, seja pela composição e cor ou pelo tamanho e, portanto, pelo brilho aparente”, acrescentou. Por conta disso, era esperado que as imagens mostrassem algum tipo de brilho anormal.
Apesar disso, Schenk não encontrou a variação esperada que indicasse que o material tenha caído na superfície. Essa surpreendente informação pode significar que a atividade das plumas foi contínua em todo o período de mapeamento, o que faria as partículas se misturarem ao longo do tempo, sem apresentar uma diferença óbvia entre elas. Outra opção é a produção de depósitos “furtivos” e não visíveis com os atuais instrumentos. Além disso, há a possibilidade das plumas em si serem algo diferente do esperado. “Teremos que ir lá para descobrir”, concluiu Schenk.
Via: Space