Uma nova pesquisa dos físicos Luis Anchordoqui e Eugene Chudnovsky da Universidade da cidade de Nova York diz que pode existir vida no interior de estrelas, e com a possibilidade de ser uma forma de vida um tanto desenvolvida.
Os pesquisadores dizem que nós seguimos padrões que reconhecemos para procurar vida fora da Terra: um planeta parecido com o nosso orbitando uma estrela numa distância que permita a existência de água líquida. Mas podem existir formas de vida diferentes de qualquer maneira que tenhamos pensado antes.
Do mesmo modo que existem extremófilos na Terra – organismos que vivem nos lugares mais inóspitos possíveis – também podem haver tais organismos no espaço. Organismos que podem se formar, desenvolver e prosperar no interior de estrelas. Isso é possível de acordo com a ciência dependendo de um fator primordial: como definimos vida.
Se o principal critério é a habilidade de codificar informação, e a capacidade de se replicar mais rápido do que morrer, então hipoteticamente monopólios magnéticos enfileirados em cordões cósmicos, colares cósmicos poderiam formar a base da vida dentro das estrelas. Essas partículas estariam para as formas de vida dentro das estrelas como o DNA e o RNA estão para a vida na Terra.
jOs pesquisadores acreditam que as partículas podem formar estruturas análogas ao DNA e ao RNA no interior das estrelas. Imagem: Shutterstock
Surgimento
Cordões e campos magnéticos monopólicos devem ter surgido quando o universo era novo e recém esfriado após a explosão do Big Bang, fazendo com que a sopa de partículas se condensasse em matéria como vapor condensa em líquido.
Apesar de conhecermos cordas cósmicas (objetos lineares unidimensionais) e monopólios magnéticos (partículas elementares com apenas um polo magnético), muita coisa se foi pensado sobre como eles se comportam.
De acordo com o novo estudo, os colares cósmicos se formam numa sequência de quebras simétricas de transição de fase. No primeiro estágio monopólios magnéticos surgem, no segundo surgem as cordas.
Isso pode produzir uma configuração estável de uma partícula de um monopolo magnético e duas cordas, que podem se conectar e formar estruturas bidimensionais e até tridimensionais, como átomos se juntam por meio de ligações químicas, os pesquisadores dizem.
É improvável que uma corda unidimensional carregue informações. Mas estruturas mais complexas têm potencial para tal.
Comparados com o tempo de vida de uma estrela, a vida dessas estruturas é uma faísca apenas, mas espera-se que elas possam produzir mais faíscas antes de morrer, propagando a espécie. A evolução da complexidade aumenta com o número de gerações. Consequentemente, se o tempo de vida de vidas auto replicantes são curtas como como objetos nucleares são, elas podem evoluir para formas realmente complexas.
Ainda hipóteses
Hipoteticamente falando, é possível que essa forma de vida desenvolva inteligência, os físicos dizem. Que aparência elas teriam é um prato cheio para imaginação, mas não precisamos saber sua aparência para podermos rastreá-los. Como esses organismos usam energia das estrelas hospedeiras, estrelas que esfriam mais rapidamente podem ser uma evidência de que abrigam o que os pesquisadores chamam de “vida nuclear”.
Estrelas desse tipo têm sido observadas e seu resfriamento acelerado ainda é um mistério. Os pesquisadores são cuidadosos em ainda não ligar esses fenômenos às formas de vida nuclear. Mas há anomalias interessantes na maneira que essas estrelas se comportam há possibilidades interessantes.
Como essas vidas se desenvolveriam muito rápido, elas poderiam achar uma maneira de explorar o espaço além da estrela, como nós humanos.
Segundo os pesquisadores, tudo ainda é teoria, mas boas ideias são um ótimo caminho para guiar descobertas. Eles planejam continuar pesquisando desenvolvendo simulações dos cordões cósmicos nas estrelas. Isso pode levar a descobertas de vidas diferentes ou apenas aprofundar nosso conhecimento técnico em outros temas.
Segundo um dos pesquisadores, é fascinante que o universo tenha vida inteligente tão diferente de nós que falhamos em reconhecê-la.
Via: ScienceAlert