Empresa resgata parte de um foguete usando um helicóptero; assista

Teste de recuperação do primeiro estágio de um foguete Electron, da Rocket Lab, foi feito na Nova Zelândia. Helicóptero "capturou" parte do foguete em pleno ar
Rafael Rigues09/04/2020 18h30, atualizada em 09/04/2020 18h32

20200409033715

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A empresa norte-americana Rocket Lab demonstrou com sucesso um método para recuperar o primeiro estágio do seu foguete Electron após o lançamento. Com isso o componente pode ser reutilizado posteriormente, reduzindo o custo de cada missão.

O Electron é um pequeno foguete com dois estágios, capaz de levar um satélite de até 225 kg a uma órbita heliossíncrona a 500 km de altitude. 2 minutos e 43 segundos depois do lançamento seu primeiro estágio, equipado com nove motores Rutheford, se separa do veículo e retorna ao solo.

Para recuperá-lo a Rocket Lab instalou um paraquedas no componente, que se abre automaticamente assim que uma determinada altitude é atingida. Neste momento, um helicóptero com um gancho na ponta de um cabo de aço se aproxima e “agarra” o primeiro estágio pelas linhas que o conectam ao paraquedas, e o leva ao solo em segurança.

O procedimento foi demonstrado no início de março em uma operação de resgate simulado na Nova Zelândia, onde a empresa tem uma base de lançamento. Um helicóptero içou um primeiro estágio até a altitude necessária para a abertura do paraquedas e o soltou. Depois que o paraquedas foi aberto, um segundo helicóptero fez a captura da peça.

“Parabéns a equipe de resgate da Rocket Lab por um teste de recuperação no ar impecável”, diz Peter Beck, fundador e executivo-chefe da empresa. “O Electron já desbloqueou o acesso ao espaço para pequenos satélites, mas cada passo mais próximo à reutilização nos coloca mais próximos de oportunidades de lançamento ainda mais frequentes para nossos clientes. Estamos ansiosos para impulsionar ainda mais a tecnologia este ano e trazer de volta um estágio que voou até a órbita terrestre de volta à fábrica”.

O próximo passo da empresa é testar sua segunda estratégia de recuperação: fazer um primeiro estágio pousar “suavemente” no oceano, também usando paraquedas, e recuperá-lo com um barco.

Fonte: New Atlas

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital