A Rocket Lab, empresa norte-americana de engenharia aeroespacial, recebeu autorização da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) para realizar lançamentos de pequenos satélites de suas instalações na base de Wallops Island, gerenciada pela Nasa, no estado de Virgínia (EUA). A companhia agora pode conduzir missões com o seu foguete Electron sem a necessidade de solicitar licenças individuais para cada operação.
A nova sede foi inaugurada no fim de 2019. A Rocket Lab, no entanto, ainda não divulgou previsões sobre quando deve ocorrer o primeiro lançamento no local. Em comunicado, a empresa ressaltou que a autorização da FAA é um grande passo para agilizar missões até a órbita da Terra e garantir o “acesso ao espaço a partir do solo dos Estados Unidos”.
Atualmente, as atividades da Rocket Lab estão concentradas em uma instalação na Nova Zelândia. A companhia ainda trabalha para inaugurar mais um posto no país. A expectativa é que as duas instalações neozelandesas e a base de Wallops Island ampliem a capacidade de lançamentos da empresa para 130 operações anuais.
Foguete Electron desenvolvido pela Rocket Lab. Imagem: Reprodução
O foguete Electron pode transportar cargas de até 225 kg até a órbita baixa da Terra, também conhecida como (LEO), que compreende a faixa de 160 km e 2 mil km de altitude. A LEO abriga, por exemplo, a Estação Espacial Internacional (ISS), situada a 408 km do nível do mar.
A capacidade do veículo da Rocket Lab ainda está muito abaixo do foguete Falcon 9, da SpaceX, que pode transportar cargas de até 23 toneladas. O diferencial da primeira companhia, no entanto, é o custo do serviço. Enquanto missões da Rocket Lab custam em torno de US$ 5 milhões (quase R$ 27 milhões em conversão direta), os valores iniciais de um voo da SpaceX são próximos de US$ 62 milhões (R$ 333 milhões), lembra o Engadget.
Neste domingo (30), a Rocket Lab realizou um lançamento bem-sucedido de uma satélite observacional da startup Cappella Space. O episódio marcou o primeiro voo da companhia, após uma missão frustrada, ocorrida em junho, em que falhas no sistema elétrico do Electron resultaram na perda de uma carga com sete satélites.
Via: Engadget