Como observar o eclipse lunar deste domingo

Eclipse penumbral é um fenômeno sutil, mas ainda assim pode ser observado a olho nu. Saiba como
Rafael Rigues03/07/2020 12h05, atualizada em 03/07/2020 12h07

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O mês de julho começa com um bom motivo para olhar para o céu: quem estiver disposto a se encarar o frio poderá observar um eclipse penumbral da Lua logo nas primeiras horas deste domingo (5).

Um eclipse penumbral ocorre quando a Lua passa pela parte externa da sombra da Terra (penumbra), projetada pelo Sol. É um evento bastante sutil: a Lua ficará menos brilhante neste período, mas não terá um “pedaço inteiro” ocultado como em um eclipse umbral, quando a sombra da Terra é projetada diretamente sobre nosso satélite.

A imagem que abre este artigo é um bom exemplo do que esperar: note que a parte superior da Lua está menos iluminada do que a inferior. Além disso, o eclipse será parcial: no máximo 35% da superfície lunar ficará coberta pela sombra do nosso planeta. Ou seja, observar o fenômeno requer atenção.

Reprodução

O eclipse irá ocorrer entre as 00h08 e 02h53, mas seu ponto máximo será por volta das 01h31. Estes horários são válidos para um observador em Brasília, e dependendo de sua localização no país as coisas podem acontecer alguns minutos antes, ou depois.

Para saber a hora exata em sua região, visite a página do eclipse no site In the Sky, clique no botão Change Location no lado direito, digite o nome de sua cidade (ou da grande cidade mais próxima) e clique em Set Location. Acesse novamente a página do eclipse e ela deve estar atualizada com as informações de sua região.

Reprodução

Clique no botão Change Location na página no eclipse no site In the Sky para obter informações locais sobre o fenômeno.

Como fotografar

Tirar uma foto da lua com o celular não é uma tarefa muito fácil. As lentes dos aparelhos costumam ter o ângulo aberto demais, e o cenário – um fundo todo escuro com um ponto muito claro no meio – não é dos mais propícios para fotografar. Por isso, os resultados costumam não ser mais que um simples ponto brilhante, que muitas vezes pode ser confundido com um poste de iluminação na rua.

Ainda assim, dá para tentar contornar algumas das limitações dos smartphones e conseguir uma imagem até decente com as câmeras deles. O resultado, claro, não será tão bom quanto o obtido com lentes teleobjetivas, que são as mais recomendadas para isso. Mas, com as dicas do Olhar Digital para fotografar a Lua, você ao menos poderá ter uma recordação razoável. Que tal experimentar?

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital