Apesar de legislações e campanhas publicitárias de conscientização, muitas pessoas ainda dirigem embriagadas. No entanto, os senadores dos EUA Tom Udall e Rick Scott estão planejando introduzir uma nova lei que obriga todos os veículos novos a utilizar uma tecnologia que impeça as pessoas com nível alcoólico elevado de dirigir.
Para isso, serão necessários dispositivos embarcados no volante ou na ignição por botão para medir o nível de embriaguez do motorista. Caso os dispositivos detectem níveis altos de alcoolismo, o indivíduo fica impossibilitado de dirigir o carro. Outra possibilidade é introduzir sensores para monitorar a respiração e o movimento dos olhos.
“Esta questão tem uma urgência real”, afirmou Udall em entrevista à Reuters. “O setor é frequentemente resistente a novos mandatos. Queremos o apoio deles, mas precisamos fazer isso, quer o tenhamos ou não – vidas estão em risco”.
Os senadores planejam introduzir a legislação o mais rápido possível e, cerca de quatro anos após a aprovação do projeto de lei, instruirão o governo a trabalhar com os fabricantes de automóveis para garantir que a medida seja realizada. “A NHTSA investiu mais de US$ 50 milhões em 10 anos na tecnologia, e o equipamento já está passando por testes limitados em Maryland e na Virgínia”, disse Udall.
Em março, a montadora sueca Volvo disse que planeja instalar câmeras e sensores em seus carros a partir do início de 2020, com o intuito de monitorar os motoristas para saber quando eles apresentarem sinais de cansaço ou embriaguez e, dessa forma, evitar acidentes.
A NHTSA (Administração Nacional de Segurança Rodoviária) disse no ano passado que 7 mil vidas poderiam ser salvas todos os anos com a implementação da tecnologia. Dados da agência norte-americana revelaram que acidentes causados por intoxicação de motoristas custaram ao país quase US$200 bilhões. Somente neste ano foram registradas 10.847 mortes em acidentes por conta de motoristas que estavam embriagados.