Furto de carro por hackers vira ‘moda’ em Londres e pode chegar ao Brasil

Técnica rouba o sinal da chave utilizando equipamentos simples comprados na internet
Redação20/01/2020 12h49, atualizada em 20/01/2020 13h41

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Os carros estão se tornando equipamentos cada vez mais tecnológicos. Se por um lado isso é bom, por outro, abre novas possibilidades para hackers criminosos. Uma onda de furtos de carros com a tecnologia de chave presencial, aquelas que permitem abrir e ligar o carro sem tirá-las do bolso, atingiu Londres. Os hackers utilizam equipamentos simples e baratos, que podem ser comprados por R$ 160 em sites como Amazon e Alibaba.

Rafael Narezzi, brasileiro que mora na cidade há 16 anos e especialista em segurança digital, foi vítima da técnica e explicou em entrevista ao UOL como o golpe funciona. Segundo o especialista, os criminosos utilizam uma antena para captar o sinal de rádio emitido pela chave, mesmo ela estando dentro de casa. Depois disso, repassam este sinal para outro aparelho, que imita a frequência da chave, destravando a porta e ligando o motor.

Reprodução

Já com o veículo, os criminosos usam outro equipamento, o “jammer”, para embaralhar o sinal de rastreio do GPS, impedindo que o carro seja rastreado. “Isso é feito por um período, não dura muito tempo. Em seguida, abandonam em um local público, mas sem movimento. Caso ninguém consiga localizá-lo, removem o equipamento de rastreio e providenciam toda a logística para que o automóvel seja levado para venda”, acrescentou.

Porém, Narezzi afirma que há uma forma simples de evitar o golpe com uma solução simples e barata. “É possível comprar na internet uma espécie de estojo no qual coloca a chave dentro. Esse estojo bloqueia o sinal de rádio emitido pela chave, impedindo que roubem o sinal”, disse. Além disso, acrescenta que o equipamento também custa em torno de R$ 160.

O brasileiro conseguiu recuperar seu Land Rover Discovery, mas nem todos tem a mesma sorte. A polícia de Londres afirma que um automóvel é furtado a cada seis minutos utilizando a técnica. “Existem relatos de carros furtados na capital britânica e depois localizados na África”, concluiu Nerazzi.

Via: UOL

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital