Um carro elétrico, acessível e hiper eficiente, que consiga rodar um quilômetro e meio com o equivalente a R$ 1 de combustível. Esse é o objetivo da startup holandesa de mobilidade limpa Lightyear. Seu primeiro conceito, o Lightyear One, usa células solares integradas ao capô e ao teto do carro, dispensando toda infraestrutura usada normalmente para alimentar veículos elétricos – inclusive as enormes baterias.
A Forbes classificou a startup como a “empresa automobilística mais revolucionária do planeta”, e revelou, em entrevista com o CEO Lex Hoefsloot, que a Lightyear pretende apresentar seu novo protótipo no primeiro trimestre do ano que vem.
“O próximo Protótipo de Validação, que está sendo produzido atualmente, une pela primeira vez todas as nossas tecnologias. No final de 2021, pretendemos entregar nosso primeiro carro a um dos 125 clientes que reservaram o Lightyear One até agora”, conta Hoefsloot. O modelo terá autonomia de 725 km com uma carga de bateria – alimentada pelo painel solar no teto do carro.
“Se a viagem acontecer durante o dia, pode adicionar entre 38 e 59 quilômetros extras no alcance. Acreditamos que um carro com esse baixo consumo de energia pode ser a chave para uma adoção massiva de veículos elétricos”, completa o executivo.
A Lightyear foi fundada por um grupo de ex-alunos da Universidade de Eindhoven, na Holanda, que venceram a corrida do World Solar Challenge com seus carros solares, batizados de “Stella”. Esses veículos foram capazes de gerar mais energia em seus painéis solares do que consumiram em média – o que lhes permitiu terminar a jornada com mais carga do que quando começou.
A startup recebeu pedidos antecipados dos primeiros 946 carros Lightyear One por um preço de reserva de € 149.000 (cerca de R$ 950 mil). Para tornar o carro mais barato, a empresa mudou seu foco para o desenvolvimento da tecnologia básica enquanto terceirizou a produção. A expectativa é que sejam produzidos 100 mil carros por ano por volta de 2023, com o valor unitário caindo para € 50 mil.
“Aqui temos uma vantagem competitiva, pois a bateria é a parte mais cara dos veículos elétricos, e no nosso caso temos a menor bateria para o maior alcance. E podemos escalar muito mais rápido devido à falta de necessidade de infraestrutura especial de carregamento das baterias”, conta Hoefsloot.
Via: Forbes