Cientistas e engenheiros da Universidade de New South Wales, na Austrália, estão desenvolvendo “peles” e “tintas” solares, que poderão ser aplicadas em carros e edifícios para a produção de energia limpa. O projeto já recebeu US$ 3 milhões em financiamento e ainda tem outros US$ 11,9 milhões por vir.
A “pele solar” permite a geração de energia a partir da luz solar direta e indireta, em superfícies verticais e horizontais. A tecnologia é composta por uma membrana de polímero solar de perovskita aplicada às superfícies, usando uma nova tecnologia orgânica que fornece flexibilidade.
As chamadas “células solares de perovskita” (PSCs) podem transformar a luz solar em energia, assim como os painéis à base de silício. Essas células podem ser processadas em estado sólido ou líquido, o que garante diversas opções para sua aplicação. A pesquisa está cooperando com as equipes especializadas na produção de materiais não inflamáveis, garantindo que os edifícios que podem ser revestidos com a pele solar permaneçam protegidos contra incêndios.
O professor da UNSW, Martin Green, que está liderando a pesquisa, disse que o revestimento de um veículo com “tinta solar” pode ser simplificado para que o processo seja similar em complexidade com o revestimento de veículos em tintas convencionais. Essa integração pode reduzir drasticamente os requisitos de recarga dos veículos elétricos.
Esse conceito está sendo explorado pela Lightyear, uma empresa holandesa de carros solares, que lançou seu protótipo ‘Lightyear One‘ no ano passado, e promete até 800 km de autonomia.
Via: Renew Economy