A notícia de que o Google provocou seu primeiro acidente mostrou ao mundo que, embora venha se provando segura, a tecnologia da gigante de buscas não está livre de falhas. E a companhia concorda, tanto que só prevê a comercialização de seus carros quando eles forem comprovadamente mais seguros que os motoristas humanos.
Quem disse isso foi Chris Urmson, que comanda a divisão dos carros autônomos da empresa. Em um painel da SXSW, ele afirmou que o sistema precisa realmente ser a prova de acidentes antes de chegar às lojas.
Só que, como destaca o The Next Web, as métricas do Google deixam transparecer que, na verdade, os carros da empresa já colocaram os humanos para trás, em termos de segurança.
A cada semana, os carros do Google rodam cerca de 10 mil milhas, o que é mais do que um humano dirige em um ano. Nesse tempo, o humano provoca acidentes que, só nos Estados Unidos, deixam 38 mil mortos – no mundo são mais de 1,2 milhão.
Até hoje, os veículos autônomos se envolveram em cerca de uma dúzia de acidentes, sendo que apenas um deles acabou com pessoas feridas (veja como foi). E somente uma das ocorrências teve o sistema como culpado.
O diretor do programa disse que os veículos têm de lidar com o que eles chamam de “situações irregulares”, como quando um deles topou com uma mulher que, numa scooter elétrica, perseguia um pato com uma vassoura na mão. Além disso, o sistema funciona melhor em vias descongestionadas e quando o tempo está bom, o que deve fazer com que os carros autônomos cheguem primeiro a algumas regiões em detrimento de outras (grandes cidades devem ser as últimas).
“Nós realmente esperamos colocar essa tecnologia pelo mundo em breve”, comentou Urmson.