O Departamento de Veículos Automóveis da Califórnia (DMV) publicou hoje um relatório de acidente que envolve um carro autônomo do Google. No dia 14 de fevereiro, o Lexus dirigido por computadores provocou um acidente envolvendo um ônibus.

O carro autônomo vinha por uma avenida e ia fazer uma curva à direita, mas parou quando detectou sacos de areia bloqueando seu caminho. Após dar passagem a alguns carros, o carro do Google começou a contornar os sacos de areia, avançando na faixa da direita da rua na qual ele pretendia entrar.

Nesse momento, um ônibus que vinha por essa rua viu o carro autônomo, mas continuou a prosseguir normalmente. O carro também detectou o ônibus, mas acreditou que ele pararia para esperar sua passagem. Cerca de três segundos depois, o carro invadiu a faixa da direita enquanto o ônibus passava, danificando sua própria roda dianteira esquerda.

No momento do acidente, o ônibus estava a uma velocidade de 24km/h, e o carro autônomo a cerca de 3,2km/h, de acordo com o relatório. Ninguém foi ferido pelo acidente.

Culpa da tecnologia

Apesar de se tratar de um acidente sem feridos e que provocou apenas pequenos danos, o caso tem implicações importantes para o Google. Segundo a Wired, seus carros autônomos, que já percorreram mais de 2 milhões de quilômetros desde 2009, já se envolveram em outros 17 acidentes, mas essa foi a primeira vez em que a empresa admitiu ter culpa.

Em seu relatório mensal, a empresa falou sobre o acidente, dizendo que “nesse caso, nós claramente temos alguma responsabilidade, porque se nosso carro não tivesse se movido, não teria havido colisão”. Boa parte dos demais acidentes envolvendo seus carros acontecem quando eles param de maneira relativamente súbita em faróis vermelhos, o que provoca colisões com os motoristas que vêm atrás.

Apesar do acidente, a empresa mantém seu plano de ter versões “prontas para as ruas” de seus carros até 2020.