Adidas e Ford aderem ao boicote de publicidade em redes sociais

Multinacionais se juntam a mais de 150 empresas; movimento alega que redes sociais permitem a livre publicação de discursos e ideias por vezes ofensivos, ou até mesmo informações inverídicas
Equipe de Criação Olhar Digital30/06/2020 14h30

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Publieditorial

Adidas e a Ford são mais duas multinacionais a entrar para o boicote de publicidade em redes sociais. As empresas se juntam a uma enorme lista de companhias que deixarão de promover anúncios publicitários nas plataformas, por permitirem a livre publicação de discursos e ideias por vezes ofensivos – ou então, conter informações inverídicas.

A Adidas informou na segunda-feira (29) que deixará de anunciar no Facebook e no Instagram durante o mês de julho. A orientação vale para todas as marcas da empresa, incluindo a Reebok, no mundo todo.

A Ford, por sua vez, afirmou que a medida é válida pelos próximos 30 dias e abrange o YouTube e o Twitter, além do Facebook e do Instagram. A montadora ainda está avaliando se o boicote valerá para as marcas na Europa e na América do Sul.

“A existência de conteúdo que inclua discursos de ódio, violência e injustiça racial nas plataformas sociais precisa ser erradicada”, afirmou a montadora, em comunicado.

Reprodução

Ford vai boicotar publicidade YouTube e o Twitter, além do Facebook e do Instagram. Foto: iStock

Movimento contra o ódio

O Facebook e o Twitter vêm enfrentando um boicote que começou nas redes sociais, nos EUA, com algumas marcas e que, com o passar dos dias, ganhou proporções maiores. Entidades ligadas à movimentos civis daquele país deram início ao movimento #StopHateForProfit (“Pare de Dar Lucro ao Ódio”, na tradução).

Desde então, Unilever, Coca-Cola, Honda, Starbucks, Levi’s e Diageo são algumas das mais de 150 empresas que já se juntaram à iniciativa. O movimento exige que o Facebook seja “menos complacente” com mensagens de ódios publicadas na plataforma.

Com 98% de sua receita gerada por meio de anúncios, a rede social já perdeu mais de US$ 74 bilhões de seu valor de mercado desde que foi lançado o boicote, há duas semanas.

Via: Uol