HarmonyOS 2.0 deve chegar aos smartphones em 2021, anuncia Huawei

Sistema operacional deve substituir o Android nos celulares da fabricante; kit de desenvolvimento de software começa a ser oferecido ainda este ano
Davi Medeiros10/09/2020 11h33, atualizada em 10/09/2020 11h43

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A Huawei anunciou nesta quinta-feira (10) que seu sistema operacional, o HarmonyOS, será levado a mais dispositivos, incluindo smartphones. O kit de desenvolvimento de software (SDK) para celulares será oferecido a partir de dezembro deste ano, com a expectativa de lançar os primeiros aparelhos com o sistema já em 2021.

A novidade já era esperada pelos desenvolvedores, e foi confirmada pelo diretor-executivo Richard Yu durante a conferência anual da empresa em Shenzen, na China.

O sistema operacional próprio da fabricante, que está ganhando uma segunda versão beta, tem como objetivo competir com o Android, do Google. Até o momento, ele era incorporado somente a televisores, carros e smartwatches, mas, tendo em vista os movimentos geopolíticos envolvendo a Huawei, faz sentido que a companhia queira expandi-lo para os smartphones.

Reprodução

HarmonyOS 2.0 foi anunciado durante conferência com desenvolvedores. Imagem: Reprodução/YouTube

Em agosto, o presidente Donald Trump aplicou uma sanção comercial para proibir a Huawei de adquirir chips e semicondutores produzidos com tecnologia americana. O republicano justificou a decisão dizendo que a fabricante teria “ampliado seus esforços para obter programas e tecnologias dos EUA para atingir os objetivos políticos do Partido Comunista Chinês”.

Desde então, os celulares da Huawei baseados em Android chegam aos consumidores sem os aplicativos do ecossistema do Google, como Play Store, Gmail, Maps e Drive.

Isso não é problema na China, onde a gigante das buscas não está presente de qualquer forma. Para o mercado internacional, por outro lado, é uma limitação considerável.

Projeto OpenHarmony

Para contornar a situação, a Huawei lança o projeto OpenHarmony, que vai permitir aos desenvolvedores a criação de aplicativos a partir do open-source de seu sistema operacional, semelhante ao que ocorre atualmente com o Android.

Por enquanto, a iniciativa ainda é limitada e suporta apenas os dispositivos que tenham o máximo de 128 MB de RAM. No entanto, a fabricante planeja expandir a capacidade para 4 GB em abril de 2021, e remover completamente o limite de memória até outubro.

Via: The Verge

Colaboração para o Olhar Digital

Davi Medeiros é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital