Segundo dados da consultoria IDC, no primeiro trimestre de 2020, antes da pandemia de Covid-19 se estabelecer no Brasil, foram vendidos no país 10,4 milhões de celulares, uma queda de 8,7% em relação ao mesmo período no ano passado. Destes foram 9,8 milhões de smartphones (queda de 7,8%) e 544 mil feature phones (queda de 22,4%).

A categoria mais vendida foram os intermediários premium (na faixa de R$ 1.000 e R$ 1.999, com 5,1 milhões de unidades e preço médio de R$ 1.473. Já entre os aparelhos premium, com preço entre R$ 2.000 e R$ 2.999, foram comercializadas 1,2 milhão de unidades.

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“Estávamos otimistas no início do ano. Fechamos janeiro com alta de 14%, mas com a proximidade da pandemia de covid-19 as vendas começaram a cair”, revela Renato Meireles, analista de pesquisa e consultoria em Consumer Devices da IDC Brasil.

Segundo ele, em fevereiro a queda nas vendas foi de 4%, reflexo do desabastecimento do varejo devido ao fechamento das fábricas na China, e chegou a 27% em março, com o início da quarentena e fechamento do comércio.

“Os fabricantes que não dependem de componentes fabricados na China não foram tão afetados com o lockdown em Wuhan, epicentro da doença, e equilibraram melhor o seu estoque. Já aqueles que possuem uma dependência maior dos componentes produzidos na China, foram impactados e os efeitos chegaram ao varejo”, justifica Renato

A expectativa para o segundo trimestre de 2020 é de queda de 32% no mercado, devido ao fechamento de lojas entre abril e maio, mesmo considerando que o período abriga o dia das mães, além de mudanças nos hábitos dos consumidores, com a adoção de serviços de streaming e ensino à distância que demandam aparelhos mais sofisticados.

Fonte: TeleSíntese