Força espacial dos EUA detalha os preparativos para resgate da Demo-2

Equipe de prontidão em caso de falha no lançamento incluiu 150 pessoas e 8 aeronaves em três locais diferentes. Grupo teve de relembrar procedimentos para resgate de cápsulas do programa Apollo
Rafael Rigues08/06/2020 16h08

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O comandante do Comando de Operações Espaciais da força espacial dos EUA, major-general John Shaw, detalhou em uma palestra online recente o papel de sua equipe durante o lançamento da missão Demo-2 da SpaceX, que recentemente levou astronautas até a Estação Espacial Internacional.

Uma parte importante do lançamento, segundo ele, foi a preparação das equipes do Departamento de Defesa dos EUA para um eventual resgate dos astronautas em caso de falha da missão. O departamento já fez isso no passado, durante lançamentos do ônibus espacial, mas décadas haviam se passado desde os últimos preparativos para o resgate de uma cápsula, durante as missões Apollo.

“Tivemos que voltar a 1974 para nos lembrar de como prestar suporte a cápsulas em operações de resgate de pessoal”, disse ele. “E isso tem um perfil de operação totalmente diferente, em termos de planejamento e cenários de contingência, do que o ônibus espacial”.

Os ônibus espaciais pousavam em pistas de pouso especialmente preparadas, como um avião. “Uma cápsula não tem essa manobrabilidade, e pode pousar em qualquer lugar”, disse ele. “Isso significa que temos de ser capazes de dar suporte a toda a área possível de pouso, e isso é algo diferente”.

Segundo o tenente-coronel Michael Thompson, comandante do 3º destacamento do 45º grupo de operações da força espacial dos EUA, responsável por estar de prontidão em caso da necessidade de resgate dos astronautas da Demo-2, seu destacamento tem normalmente 30 pessoas.

Mas à medida que o lançamento se aproximou a equipe cresceu para 150 pessoas e 8 aeronaves à disposição, em três locais diferentes. Ainda assim muito menor que as equipes disponíveis durante as missões Apollo, que incluíam até 6 mil pessoas, 24 aeronaves e sete navios da Marinha dos EUA.

“É incrível ver que nossa equipe de profissionais inclui alguns dos melhores”, disse Thompson. “Quando falamos sobre profissionais de busca e resgate em cenários de combate, eles são nosso exemplo. Os mesmos profissionais que salvaram vidas em combate no Iraque, que já estiveram no Afeganistão e em operações globais, são os que estão aqui executando esta missão”.

Fonte: Defense.gov

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital