Rappi vai demitir 150 funcionários no Brasil, de acordo com site

Cortes fazem parte de uma nova estratégia de crescimento operacional adotada pela empresa; companhia vai demitir 6% dos cinco mil funcionários do mundo todo
Luiz Nogueira10/01/2020 15h48, atualizada em 10/01/2020 16h05

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Ontem (9), a startup de entregas Rappi anunciou a demissão de 6% de um total de cinco mil funcionários ao redor do mundo. As demissões estão diretamente ligadas a um novo processo de reestruturação que a empresa planeja – e que vai afetar todos os países em que está presente.

De acordo com um comunicado divulgado, “a empresa optou por reduzir algumas áreas e ampliar outras para tingir seus planos e aprimorar cada vez mais a experiência dos seus usuários”. No Brasil, o número de demissões chega a 150 pessoas, a maioria em cargos “júnior”, de acordo com o site Brazil Journal. Além do Brasil, a Rappi terá demissões em Buenos Aires, México e Bogotá.

Mesmo com os desligamentos, a companhia informa que está em processo de contratação de funcionários para as áreas de foco do momento. Esses cargos seriam relacionados a setores de tecnologia e experiência do usuário. O foco da empresa parece ser a coleta de dados, dos clientes e de restaurantes, para melhoria dos sistemas, como revelado recentemente.

A reestruturação da Rappi ocorre juntamente de um período conturbado para o grupo japonês SoftBank, que registrou o primeiro prejuízo trimestral em 14 anos de fundação. Esse fracasso comercial aconteceu após a abertura de capital do WeWork, startup de compartilhamento de escritórios, que obrigou o SoftBank a gastar mais de US$ 10 bilhões para resgatá-la.

Apontado como o maior aporte já recebido por uma startup latino-americana, o SoftBank investiu US$ 1 bilhão na Rappi. Por esse motivo, e para se recuperar do prejuízo, o grupo japonês parece exigir que as empresas em que investiu façam mudanças e apresentem lucros maiores.

Entretanto, a Rappi nega que o SoftBank esteja ligado às demissões. “O SoftBank é um dos nossos investidores mais importantes e eles não estão envolvidos na decisão como parte do nosso conselho. No entanto, essa decisão foi feita pela equipe interna de líderes para atingir nossa meta de crescimento como empresa”, declarou a companhia de entregas.

Via: Terra

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital