O comércio por meio da internet cresce a cada ano, atraindo consumidores de toda parte do mundo, por conta de sua variedade de opções e preços mais acessíveis. Após 2019 contemplar a melhor Black Friday da história, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) estimou que as vendas do setor, no Natal, vão movimentar R$ 11,8 bilhões.

A instituição informou que as vendas registrarão um aumento de 18% no e-commerce em relação à ocasião no ano passado. O ticket médio este ano será de R$ 310, e as categorias de produtos mais buscados pelos brasileiros são: informática, celulares, eletrônicos, moda, acessórios e brinquedos – respectivamente. 

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O presidente da ABComm, Mauricio Salvador, disse que o Natal deve seguir os mesmos progressos das demais datas que movimentam a economia do país. “As previsões reafirmam um bom aquecimento, principalmente no meio digital, que tem cada vez mais frequência de consumidores”, afirmou o executivo. 

Fatores

As previsões da ABComm, em relação à data cristã, possui ligação direta com os números apresentados na Black Friday e o momento que a economia atravessa. O varejo brasileiro online registrou faturamento de R$ 3,2 bilhões em 2019, com alta de 23,6% em relação ao ano passado. No entanto, o gasto médio por consumidor caiu, passando de R$ 608 para R$ 602. 

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Outro fator que deve ter impacto considerável na movimentação do mercado este ano é a diminuição da taxa Selic, que registrou uma mínima histórica de 4,5%. A Selic é a taxa básica da economia brasileira, pois é usada pelos bancos para calcular os juros estipulados para empréstimos. 

No último dia de novembro, o Banco Central decidiu cortar a Selic em 0,5 percentual, algo já previsto pelos economistas. A diminuição da taxa ocorreu de forma gradual nos últimos meses, o que sugere um aumento no poder de compra da população, pois com os juros baixos, a expectativa é que mais empréstimos sejam concedidos e haja mais dinheiro em circulação. Portanto, é natural esperar que o Natal este ano movimente a economia no Brasil.